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Depressão não é meio de vida, bipolaridade não é frescura, ansiedade não é falta do que fazer

Existe certa dificuldade de se aceitarem as chamadas “doenças da alma”, uma vez que seus sintomas muitas vezes não são visíveis fisicamente.

Estamos tão acostumados a enxergar apenas o que pode ser visto, que tudo aquilo que os olhos não veem cerca-se de hesitações. Materialistas que somos, amantes das aparências, tendemos a neutralizar o que requer profundidade e sentimento.

 Nesse contexto, pode-se dizer que há um certo preconceito em relação a estados de espírito, pois, caso não existam sintomas visíveis, a doença existe como?

E é assim que muitas pessoas reagem mal ao se depararem com doenças e/ou transtornos mentais, não os aceitando, inclusive desdenhando de quem padece desses males. Afinal, vendo a pessoa, ali na frente, sem manchas pelo corpo, sem febre, aparentemente normal, a muitos não ocorre perceber que há um mundo dentro de cada um de nós.

Possivelmente, somente quem já passou por um quadro depressivo ou viu algum familiar assim pode dimensionar a dor que isso traz, tanto para quem sofre como para quem ama e convive com ele, da mesma forma ocorrendo com transtorno ansiedade generalizada e bipolaridade.

Todos os envolvidos acabam atingidos de alguma forma, porque as cicatrizes são invisíveis e o pedido de socorro vem do fundo do olhar.

Se atentarmos para as características da sociedade de hoje, perceberemos que há um terreno propício para que o emocional se abale, haja vista a pouca importância dada ao que vem de dentro de cada um.

A supervalorização das superficialidades, a superexposição de conquistas materiais, a busca desenfreada pela fama virtual, entre outros, caracterizam uma sociedade descuidada com o que os sentimentos possam dizer e, portanto, claramente suscetível a padecer de doenças emocionais.

A depressão é escuridão. A ansiedade é desespero. A bipolaridade é insegurança. E vice-versa. Enquanto os sentimentos não forem valorizados pela sociedade, as doenças da alma dificilmente serão encaradas socialmente com a urgência que se requer, como realmente deveria ser.

Se o essencial é invisível aos olhos, as escuridões dolorosas de uma alma que sofre também o são. Entender isso é o mínimo a se fazer. Com urgência.

 


Fonte: Fãs da Psicanálise

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Clínica de Psicologia Basiléia 

7 motivos para fazer psicoterapia

Procurar terapia não é sinal de desequilíbrio ou doença, na verdade, é o primeiro sintoma de lucidez em direção a um compromisso maduro em prol da saúde mental.

Confesso, escolhi esse título clichê com as seguintes intenções: apresentar o tema do texto, estimular a sua curiosidade e demonstrar o quanto somos “fisgados” por táticas de marketing que se aproveitam da nossa falta de autoconhecimento. Portanto, não, você não encontrará nenhuma “lista com N motivos para isso ou aquilo”.

Muita coisa nos impede de fazer psicoterapia, entre elas a ideia de que é “coisa de louco” ou só serve para quem está sofrendo muito. Para quem nunca fez, pode ser difícil reconhecer que, na verdade, é indicada para qualquer um. Afinal, pessoas “normais” também se sentem confusas, ansiosas, estressadas e incomodadas por questões de relacionamento — ou não? Para fazer terapia, basta ser humano.

Há também uma certa desconfiança por se tratar de uma situação nova (ou estranha): ficar a sós com alguém totalmente desconhecido para falar sobre suas questões mais íntimas. Não seria mais fácil conversar com um amigo? Talvez. Uma coisa substitui a outra? Não. De qualquer modo, é importante esclarecer dois pontos: primeiro, amigos não são treinados para ouvir e, portanto, tendem a te interromper ou não prestar atenção; segundo, é mais fácil falar francamente, sem qualquer receio, com alguém que não sabe nada sobre você e não tem nenhuma expectativa.

 Além do mais, psicólogos jamais vão te julgar, pois enxergam o ser humano de uma forma muito mais abrangente. Eles sabem o quanto somos complexos e diferentes, especialmente em questões mais íntimas, como sexo e ansiedade.
Após anos de estudo para entender a mente, o psicólogo não se assusta com o que sentimos, falamos ou fazemos, pelo contrário, o incomum desperta sua curiosidade e motivação — afinal, é por isso que se tornou psicólogo. Em resumo, o psicólogo se interessa pela saúde mental.

O quanto se investe em um psicólogo é, em média, proporcional ao que gastamos para nos divertir. Mas preço é algo subjetivo e, portanto, depende muito do valor que atribuímos às coisas. A psicoterapia se torna valiosa à medida que revela o quanto nossos conflitos são frutos da falta de consciência sobre o conteúdo da nossa própria mente: desejos, anseios, medos e os motivos que nos levam a fazer o que fazemos, especialmente quando tomados por um determinado sentimento.

O objetivo da terapia é o autoconhecimento adquirido num tipo especial de conversa, uma em que se fala bastante para alguém que não só ouve atentamente, mas também intervém de maneira apropriada no momento oportuno. Empatia é uma qualidade fundamental dos bons psicólogos, descrita por Chuang-Tzu da seguinte forma:

 “O ouvir que se limita aos ouvidos é um. O ouvir da compreensão é outro. Mas o ouvir da alma não se limita a nenhum sentido ou capacidade, seja audição ou pensamento. Portanto, requer o esvaziamento de todas as capacidades. Quando esvaziamos nossas percepções e sentidos, passamos a ouvir de corpo inteiro. Então alcançamos algo que estava ali, diante de nós o tempo todo, mas que nunca seria captado pelos ouvidos ou compreendido pela mente.”

Ao longo das sessões, descobrimos muito sobre nós mesmos e passamos a reconhecer alguns padrões: um jeito peculiar de lidar com relacionamentos ou fracassos, um ciúme que parece incontrolável, uma briga com seus pais ou irmãos que terminou em rancor ou aversão. Falar sobre os próprios conflitos significa utilizá-los como matéria-prima para a construção de uma relação mais harmoniosa consigo mesmo e com os outros; significa reconhecer nosso “lado negro” e nos tornarmos íntimos de nós mesmos; significa aceitar a si mesmo por inteiro e, assim, deixar de viver no “piloto automático”.

Viver plenamente de acordo com os próprios valores, tendo consciência de si mesmo e suas relações, não é algo instintivo. Não nascemos sabendo e tampouco somos encorajados a aprender — especialmente numa época em que se explora emoções e sentimentos em nome dos negócios. Daí a importância da psicoterapia como processo de aprendizagem e aperfeiçoamento dessa habilidade que chamamos de “viver plenamente”.

Procurar terapia não é sinal de desequilíbrio ou doença, na verdade, é o primeiro sintoma de lucidez em direção a um compromisso maduro em prol da saúde mental.


Por Bruno Braz
*O conteúdo do texto acima é de responsabilidade do autor e não necessariamente retrata a opinião da página e seus editores.


Fonte: Psicologias do Brasil

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Um monstro vem me ver: ele se chama ANSIEDADE


Há um monstro que vem me ver e não tem a intenção de me matar, mas quase me impede de viver. Um monstro que muda de forma e de posição no meu corpo. Umas vezes parece me fazer engasgar, outras vezes acelera o meu sistema nervoso, e outras me paralisa. É um monstro muito famoso, padecido e explicado. Ele se chama ansiedade.

O estado de alerta tem sido essencial para a nossa sobrevivência como espécie. No entanto, quando este estado de atenção, tensão e alerta se torna crônico, o resultado é uma PREOCUPAÇÃO constante, que habitualmente também se generaliza em tudo e em todos.

Essa preocupação nos faz ter consciência de tudo o que nos rodeia, mas de uma forma amplificada e distorcida. Já não distinguimos o que nos estressa daquilo que é simples. Tudo se amontoa em nossa mente e funciona com plena capacidade. Não para nos ocuparmos, mas para nos preocuparmos. É um monstro que nos domina porque não sabemos transformar sua raiva em energia, só em fraqueza.

De onde vem a ansiedade?

Quando a ansiedade se torna crônica e se transforma em um estado de preocupação perpétua, podemos falar do que se conhece em âmbito clínico como Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). Ela tem que estar presente durante pelo menos 6 meses e apresentar três ou mais sintomas, como agitação, irritabilidade, cansaço, dificuldade de concentração ou ter a mente em branco, tensão muscular e problemas de sono.

A ansiedade generalizada compartilha muitos sintomas com a depressão; ambos os transtornos apresentam um alto efeito negativo. No entanto, a depressão se caracteriza mais pelo sentimento de tristeza e a ansiedade por uma hiperatividade fisiológica contínua e uma sensação de incerteza e falta de ar. Qualquer mudança na rotina diária é percebida como um monstro ameaçador, pronto para atacar a nossa garganta.

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O TAG não parece ter um forte componente genético, mas parece ter um caráter crônico que se agrava com o estresse e vai flutuando em intensidade ao longo da vida. Sua principal característica definidora é a preocupação constante por aspectos da vida cotidiana. Sua presença é evidente – nos casos em que está presente – em torno dos 20 anos de idade, embora a sua comorbidade com outros sintomas ansiosos ou depressivos possa dificultar o diagnóstico.

 É muito mais frequente em mulheres, assim como a maior parte dos transtornos emocionais na vida adulta. Por sua vez, o transtorno se manifesta em um sistema triplo de resposta: o cognitivo, o motor e o emocional.

Esse monstro que conhecemos com perfeição

Muitas pessoas conhecem seus sintomas de cor, já que este transtorno costuma aparecer em pessoas com uma alta consciência sobre o que ocorre com elas, mesmo que não sejam capazes de tratá-lo e de melhorar a sintomatologia. Além disso, costumam descrever com perfeição como a ansiedade paralisa. A alexitimia não é uma característica predominante nestes pacientes, muito pelo contrário.

Eles sabem muito sobre a ansiedade, mas este transtorno parece não ter um tratamento suficientemente bem estabelecido e bem sucedido, mesmo sendo muito frequente na população. O tratamento costuma ser a terapia cognitivo-comportamental, como a de Dugas e Ladouceur (atualizada em 2007); a de Borkovec e Pinkus (2002) ou a de Brown e Barlow (1993).

Às vezes são utilizados medicamentos para potencializar sua eficácia, mas ATENÇÃO: a ansiedade prolongada nunca deve ser tratada com ansiolíticos no caso de utilizar medicamentos. Deve-se utilizar um antidepressivo ISRS como a paroxetina, embora os mais indicados sejam os antidepressivos duais, como a venlafaxina.

Um conto sobre a ansiedade e o mundo em que vivemos

Embora muitos pacientes conheçam bem os seus sintomas, a terapia vai ajudá-los a agir como cientistas diante dos seus próprios sintomas, como “gurus” na busca de sua própria regulação emocional. O psicólogo/a deverá colocar ao seu alcance as melhores técnicas para isso.

Uma boa ideia é que a pessoa com ansiedade crônica se faça perguntas reais acerca da sua existência e dos seus valores de vida. Às vezes é preciso fazer perguntas a este mundo, que parece criar e alimentar este monstro. Às vezes vale a pena nos convertermos em um pequeno relato para ver um sentido naquilo que percebemos como caos.

O que você deve ao mundo? O que esse monstro exige de você?

Lembre-se da sua infância. Lembre-se do quanto você era feliz porque pulava, corria e desfrutava sem ter que dar explicações a ninguém. Lembre-se de você saltando, se sujando e se despenteando, embriagado/a pela intensidade do momento. Não havia tempo para a preocupação, porque não existia o conceito de tempo mais além do que você estava vivendo. Mas logo chegaram as demandas e, com elas, a sensação de que você devia algo ao mundo.

Você começou a sentir que era mais importante ocultar aquilo que não ficaria bem aos olhos dos outros do que viver a verdadeira realidade ao seu redor. As demandas começaram a substituir os mergulhos. Os discursos que glorificam as crianças “com altas capacidades” pareciam ensurdecer os gritos que antes eram de alegria e espontaneidade. Ninguém soube lhe dizer que você nunca poderia assumir o controle de tudo.

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Ninguém lhe ensinou a continuar mantendo a chama da sua infância acesa enquanto construía uma identidade com novas responsabilidades. 

Ninguém soube explicar a diferença entre deveres e direitos, entre eles o de ser feliz sem se sentir culpado/a.

Neste momento, com este monstro te devorando cada vez mais, é hora de começar a exigir mais dele e menos de você. Pergunte para ele: o que eu devo a você, mundo, para me enviar este monstro? Talvez com essa pergunta você e muitas pessoas entendam que por mais que ele exija de nós, não podemos dar nada para o mundo se não formos capazes de desfrutar o fato de estar vivendo nele.

Você não vai decepcionar ninguém, você também não pediu permissão para estar aqui. Esqueça tantas demandas e volte a reivindicar os seus direitos. Volte a se sujar, sem se preocupar se o mundo vai ficar chateado por isso. Cumprimente esse monstro e, mesmo se ele parecer vir com força às vezes, mostre a ele com as suas ações que a única coisa que você tem para ele é aquilo que você não é capaz de dar para si mesmo/a.


Fonte: A Mente é Maravilhosa




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Ansiedade: sintomas, tratamentos e causas


Causas

Os transtornos de ansiedade são doenças relacionadas ao funcionamento do corpo e às experiências de vida.

A pessoa pode se sentir ansiosa a maior parte do tempo sem nenhuma razão aparente ou pode ter ansiedade apenas às vezes, mas tão intensamente que se sentirá imobilizada. A sensação de ansiedade pode ser tão desconfortável que, para evitá-la, as pessoas deixam de fazer coisas simples (como usar o elevador) por causa do desconforto que sentem.


Sintomas de Ansiedade

Os transtornos da ansiedade têm sintomas muito mais intensos do que aquela ansiedade normal do dia a dia. Eles aparecem como:

  • Preocupações, tensões ou medos exagerados (a pessoa não consegue relaxar)
  • Sensação contínua de que um desastre ou algo muito ruim vai acontecer
  • Preocupações exageradas com saúde, dinheiro, família ou trabalho
  • Medo extremo de algum objeto ou situação em particular
  • Medo exagerado de ser humilhado publicamente
  • Falta de controle sobre pensamentos, imagens ou atitudes, que se repetem independentemente da vontade
  • Pavor depois de uma situação muito difícil.

Tratamento e Cuidados

Tratamento de Ansiedade

Existem três tipos de tratamento para os transtornos de ansiedade:


  • Medicamentos (sempre com acompanhamento e receita médica)
  • Psicoterapia
  • Combinação dos dois tratamentos (medicamentos e psicoterapia).

A maior parte das pessoas com ansiedade começa a se sentir melhor e retoma as suas atividades depois de algumas semanas de tratamento. Por isso, é importante procurar ajuda especializada na unidade de saúde mais próxima. O diagnóstico precoce e preciso da ansiedade, o tratamento eficaz e o acompanhamento por um prazo longo são imprescindíveis para obter melhores resultados e menores prejuízos.

 


Fonte: Minha Vida


Sintomas Neuróticos de Ansiedade


Os sintomas neuróticos de ansiedade incluem sintomas físicos e psíquicos.

Quando falamos em sintomas psíquicos, correspondem a formas de tensão, apreensão, medo e preocupação que acometem o indivíduo.

Desta forma, a pessoa com esse distúrbio se sente inquieta, com dificuldade de concentração, se irrita muito fácil, sente-se fadigado, mal humorado, como se estivesse prestes a enfrentar uma catástrofe.

Esse transtorno psicológico deixa a pessoa em estado de alerta o tempo todo, apresenta transtornos do sono, não consegue dormir, diz que as preocupações ficam “girando” o tempo todo em sua cabeça.

Estes sintomas podem evoluir para uma crise de angústia ou de pânico de curta duração ou de maior intensidade.

Como sintomas físicos aparecem vertigens, tonturas, náuseas, aperto (nó) na garganta, peso na cabeça, respiração ofegante, palpitações cardíacas, alterações de pressão, dispnéia, suor, tremores pelo corpo, expressão de terror no rosto, complicações gástricas, etc.

Os sintomas neuróticos de ansiedade geralmente se desenvolvem em pessoas portadoras de caráter ansioso, ou seja, pessoas que encaram a vida com apreensão, socialmente inseguras, pessimistas e negativistas.

Situações vivenciais, perdas significativas, problemas conjugais, crises financeiras e outros conflitos mais sérios, ou ainda, doenças físicas, podem precipitar nestas pessoas um quadro clínico de ansiedade, embora em alguns casos, os sintomas apareçam sem que nenhum fator significativo possa ser evidenciado.

A psicoterapia é um dos tratamentos indicados para a ansiedade e em casos mais graves é necessário remédios psiquiátricos. Técnicas de relaxamento e de respiração são estratégias úteis para auxilio e controle das crises de ansiedade.


Fonte: Biologia/ Ecologia


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