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Depressão não é meio de vida, bipolaridade não é frescura, ansiedade não é falta do que fazer

Existe certa dificuldade de se aceitarem as chamadas “doenças da alma”, uma vez que seus sintomas muitas vezes não são visíveis fisicamente.

Estamos tão acostumados a enxergar apenas o que pode ser visto, que tudo aquilo que os olhos não veem cerca-se de hesitações. Materialistas que somos, amantes das aparências, tendemos a neutralizar o que requer profundidade e sentimento.

 Nesse contexto, pode-se dizer que há um certo preconceito em relação a estados de espírito, pois, caso não existam sintomas visíveis, a doença existe como?

E é assim que muitas pessoas reagem mal ao se depararem com doenças e/ou transtornos mentais, não os aceitando, inclusive desdenhando de quem padece desses males. Afinal, vendo a pessoa, ali na frente, sem manchas pelo corpo, sem febre, aparentemente normal, a muitos não ocorre perceber que há um mundo dentro de cada um de nós.

Possivelmente, somente quem já passou por um quadro depressivo ou viu algum familiar assim pode dimensionar a dor que isso traz, tanto para quem sofre como para quem ama e convive com ele, da mesma forma ocorrendo com transtorno ansiedade generalizada e bipolaridade.

Todos os envolvidos acabam atingidos de alguma forma, porque as cicatrizes são invisíveis e o pedido de socorro vem do fundo do olhar.

Se atentarmos para as características da sociedade de hoje, perceberemos que há um terreno propício para que o emocional se abale, haja vista a pouca importância dada ao que vem de dentro de cada um.

A supervalorização das superficialidades, a superexposição de conquistas materiais, a busca desenfreada pela fama virtual, entre outros, caracterizam uma sociedade descuidada com o que os sentimentos possam dizer e, portanto, claramente suscetível a padecer de doenças emocionais.

A depressão é escuridão. A ansiedade é desespero. A bipolaridade é insegurança. E vice-versa. Enquanto os sentimentos não forem valorizados pela sociedade, as doenças da alma dificilmente serão encaradas socialmente com a urgência que se requer, como realmente deveria ser.

Se o essencial é invisível aos olhos, as escuridões dolorosas de uma alma que sofre também o são. Entender isso é o mínimo a se fazer. Com urgência.

 


Fonte: Fãs da Psicanálise

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Procrastinação: se você sempre adia as coisas importantes, é hora de ler este artigo. Ou vai deixar para amanhã?

Procrastinação é definida como um ‘atraso voluntário de uma ação apesar das visíveis e negativas consequências futuras’.


Muitas pessoas não conseguem usar bem o seu tempo para fazer rapidamente o que tem de ser feito. Adiam, deixam para “amanhã” aquele relatório cujo prazo terminará em poucos dias. Em vez de priorizar as tarefas importantes vão ler os posts do Facebook, limpar o armário, lavar o carro ou organizar os e-mails, até que a tarefa se transforme em urgente, gerando estresse e ansiedade, além da correria para terminar. Conhece alguém assim?

Outros tomam resoluções fantásticas para o Ano Novo como iniciar a academia, o curso de inglês, mudar radicalmente a alimentação. Ou nem começam ou a nova atitude dura somente poucos dias ou semanas, mesmo sabendo o quão importante seria manter este novo comportamento, e isto gera culpa e arrependimento. Certamente conhecemos pessoas que agem deste modo, mas, por que o fazem?

Quando este comportamento é repetitivo é a chamada PROCRASTINAÇÃO, um grande mal que atinge um enorme número de indivíduos e pode prejudicar sua carreira, produtividade, relacionamentos afetivos e até mesmo a sua saúde.

Procrastinação é definida como um ‘atraso voluntário de uma ação apesar das visíveis e negativas consequências futuras’. É optar por prazeres imediatos ao invés de ter uma visão e ação de longo prazo.

Não é o caso das exceções que aparecem em nossas vidas eventualmente e nos fazem mudar os planos, como por exemplo uma visita inesperada que nos faz adiar voluntariamente por esta razão o término de um relatório, nos diz o Dr. Timothy Pychyl, psicólogo professor da Carleton University, em Ottawa, Canadá, grande pesquisador neste assunto.

O procrastinador SABE que deveria estar fazendo sua tarefa adiada, e se sente mal por isto, e às vezes faz “compensações morais” para diminuir sua culpa, como por exemplo ir à academia em vez de terminar sua tarefa, o que alivia temporariamente sua culpa.

Psicólogos descobriram que procrastinadores crônicos frequentemente tem concepções equivocadas do por que agem deste modo. Muitos acreditam que não podem começar porque querem fazer a tarefa perfeitamente e em condições ideais.

Mas os estudos mostram que a procrastinação não tem a ver com perfeccionismo e sim com impulsividade, tendência a agir imediatamente nas urgências e também tem a ver com estratégias emocionais inconscientes para fugir de situações estressantes. É o que nos conta o Dr. Piers Steel, professor de comportamento organizacional da Universidade de Calgary.

Pessoas impulsivas se bloqueiam ao sentir ansiedade ou lidar com fortes emoções.

Uma empresa de Hong Kong chamada Saent, com a supervisão do Dr. Steel está desenvolvendo um software que atrasa a abertura de sites como o Facebook por 15 segundos ou mais e também cria a necessidade de uma senha para navegar na web, pois muitas vezes, estes pequenos “dificultadores” são tudo o que é necessário para fazer os procrastinadores desistirem de procurar uma distração imediata.

Outras pessoas alegam deixar as coisas para o último minuto porque funcionam melhor sob estresse ou sob pressão, mas os verdadeiros procrastinadores se estressam pelo adiamento. Além disto é bastante questionável se a qualidade de um trabalho feito correndo na última hora é melhor do que aquele feito com prazo e mais planejamento.

Os efeitos psicológicos da procrastinação já são bem conhecidos: aumentam os índices de depressão e ansiedade e empobrecem o bem estar, ou seja, diminuem nossa saúde psíquica.

Quanto à nossa saúde física, a psicóloga Dra. Fuschia Sirois, professora da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, estuda os efeitos da procrastinação no modo como lidamos com as doenças crônicas e as suas consequências.

Em recente artigo ela descobriu que os procrastinadores que sofrem de hipertensão arterial e doenças cardiovasculares eram menos propensos a se engajarem em estratégias para lidar com suas doenças crônicas, como por exemplo encontrar um sentido para agir, e fazer atividades físicas com amigos. Ao invés, tinham comportamentos mal adaptativos como evitar lidar com a doença ou culparem-se por ela e mesmo tentar esquecê-la (varrendo-a para baixo do tapete).

Também os procrastinadores parecem mais incapazes de ver claramente no futuro as consequências de suas ações e comportamentos do que os não procrastinadores, um fenômeno chamado de “Miopia Temporal”. Sua visão de futuro é mais abstrata e impessoal, ou seja, são menos conectados emocionalmente com sua imagem de futuro. Isto ocorre principalmente por altos níveis de estresse que desviam o foco para objetivos mais imediatos (prazeres) do que mais distantes (escolha saudáveis para cuidar e manter a saúde).

Uma interessante pesquisa mostrou que o modo ‘como’ pensamos em uma tarefa faz com que a adiemos ou não.

Pesquisadores da Universidade Konstanz na Alemanha liderados pelo Dr. Sean McCrea entregaram questionários a estudantes, que receberiam um valor em dinheiro para responder e entregá-los por e-mail no prazo de até três semanas.

As questões tinham a ver com tarefas cotidianas como por exemplo abrir uma conta bancária. O primeiro grupo de estudantes tinha de responder questões subjetivas (e assim pensar de modo abstrato) referentes à traços de personalidade, por exemplo qual tipo de pessoa abriria uma conta bancária enquanto o segundo grupo tinha de responder questões objetivas e práticas (e assim pensar de modo concreto) por exemplo quais atitudes devem ser realizadas para abrir uma conta bancária, como falar com um gerente, preencher formulários e trazer documentos, fazer um depósito inicial etc. e então os psicólogos esperaram pelas respostas.

Os resultados da pesquisa foram publicados no jornal científico Psychological Science, da Associação de Ciência Psicológica e mostraram claramente que, mesmo que todos os estudantes fossem pagos para responder, aqueles que tinham de pensar nas questões de modo abstrato tiveram uma tendência muito maior à procrastinação, (inclusive alguns nunca entregaram as respostas) enquanto os que pensaram de modo concreto no Como, Quando e Onde entregaram suas respostas muito mais cedo, ao invés de adiar sua tarefa.

Os autores concluíram que “simplesmente por pensar na tarefa em termos mais concretos e específicos fez com que (os estudantes) sentissem que deviam completar a tarefa logo, o que reduziu a procrastinação”.

Também apontaram que estes resultados tem implicações importantes para professores e gerentes que querem que seus estudantes e colaboradores iniciem logo seus projetos.

Faça as pessoas pensarem em termos práticos e objetivos e isto aumentará muito a probabilidade que ajam e cumpram a tempo suas tarefas.

A Dra. Sirois e Dr. Pychyl ensinam que focar somente no gerenciamento de tempo ajuda parcialmente os procrastinadores. O componente de regulação emocional também deve ser observado. As pessoas devem reconhecer que tem problemas com emoções como a ansiedade no início de um projeto, mas não devem se autojulgar por isto, e sim iniciar passo a passo, com um foco preciso.

Já que devemos ser práticos, eis aqui algumas dicas de atitudes que contribuem para que mudemos nossos hábitos e consigamos exterminar a procrastinação e suas péssimas consequências:

1- Planeje-se no dia ou noite anterior e inicie suas atividades logo pela manhã, antes que novas atividades, compromissos ou mesmo desculpas apareçam para atrapalhar seus planos. E lembre-se como mostrou a pesquisa, de planejar objetivos práticos e concretos, como um passo a passo até a resolução.

2- Quanto mais frequentemente você realizar uma tarefa, como meditar, ir à academia, comer verduras ou escrever seu artigo, mais facilmente você “programa” este novo e benéfico hábito que fará parte de sua rotina diariamente.

3- Tenha uma companhia para compartilhar sua atividade, se for possível, como um amigo ou grupo para fazer atividades físicas, que te darão apoio, força nos momentos em que queira desistir, e também aumentarão a diversão do momento.

4- Esteja bem preparado para a tarefa que se propõe. Isto aumenta a confiança e motivação para atingir o objetivo.

5- Anote seus objetivos, e coloque as anotações onde frequentemente as veja. Mantém o foco no objetivo continuamente.

6- Primeiro as coisas mais importantes (first things first). Mesmo que pareça atraente, evitar iniciar o trabalho quando parecer difícil ou pouco motivador, trocando por outras tarefas, acaba atrasando aquilo que é importante e acabará se tornando urgente. Quando você não se incumbe do que é importante, terá muitos “incêndios” e coisas urgentes a resolver.

7- Visualize-se desfrutando dos benefícios e boas sensações que terá quando tiver terminado suas tarefas. A ciência prova que a ’visualização’ tem o mesmo efeito em nosso cérebro do que a prática e acaba nos preparando melhor para atingir os objetivos. Os atletas de ponta utilizam-se muito deste treinamento. Ver-se mentalmente tendo terminado a tarefa e sentindo-se muito bem com isto prepara o caminho e direciona para um bom resultado.

8- Aprenda a lidar com suas emoções. Autoconhecimento, leituras, meditação, psicoterapia podem ser recursos muito úteis para fortalecer o equilíbrio emocional e ajudar a lidar com a ansiedade e o estresse que aumentam a procrastinação.

E para terminar, sempre que tomar uma decisão importante, aja imediatamente e tome atitudes concretas na hora, dando início imediato ao projeto de mudança (por exemplo, se decidir iniciar o curso de idioma que está adiando há tempos, pesquise escolas e ligue ou visite para ter mais informações e poder se matricular e começar).

Fonte indicada: A Tribuna


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Depressão: sintomas, diagnóstico, prevenção e tratamento

Considerada o “mal do século” pela Organização Mundial da Saúde, a depressão ainda é um desafio para médicos e pacientes. Conheça seus detalhes


A depressão é caracterizada pela perda ou diminuição de interesse e prazer pela vida, gerando angústia e prostração, algumas vezes sem um motivo evidente. Michael Phelps, por exemplo, revelou sofrer demais com o problema após as Olimpíadas de 2012, quando ganhou seis de suas 28 medalhas olímpicas. Hoje, a depressão é considerada a quarta principal causa de incapacitação, segundo a Organização Mundial da Saúde.

Esse transtorno psiquiátrico atinge pessoas de qualquer idade — embora seja mais frequente entre mulheres — e exige avaliação e tratamento com um profissional. O desânimo sem fim é fruto de desequilíbrios na bioquímica cerebral, como a diminuição na oferta de neurotransmissores como a serotonina, ligada à sensação de bem-estar.

Hoje se sabe que a depressão não promove apenas uma sensação de infelicidade crônica, mas incita alterações fisiológicas, como baixas no sistema imune e o aumento de processos inflamatórios. Por essas e outras, já figura como um fator de risco para condições como as doenças cardiovasculares.

Sinais e sintomas

  • Cansaço extremo
  • Fraqueza
  • Irritabilidade
  • Angústia
  • Ansiedade exacerbada
  • Baixa autoestima
  • Insônia (ou sono de má qualidade)
  • Falta de interesse por atividades que antes davam prazer
  • Pensamentos pessimistas
  • Pensamentos frequentes sobre a morte
  • Comportamentos compulsivos
  • Dificuldade para se concentrar
  • Problemas ou disfunções sexuais
  • Sensação de impotência ou incapacidade para os afazeres do dia a dia

Fatores de risco

  • Histórico familiar
  • Transtornos psiquiátricos correlatos
  • Estresse crônico
  • Ansiedade crônica
  • Disfunções hormonais
  • Excesso de peso
  • Sedentarismo e dieta desregrada
  • Vícios (cigarro, álcool e drogas ilícitas)
  • Uso excessivo de internet e redes sociais
  • Traumas físicos ou psicológicos
  • Pancadas na cabeça
  • Problemas cardíacos
  • Separação conjugal
  • Enxaqueca crônica

A prevenção

Para espantar a tristeza sem fim da rotina, é importante gerenciar o estresse e compartilhar as dificuldades do dia a dia. Ler, aprender coisas novas, fazer hobbies e se divertir ajudam a manter a cabeça ativa e livre de pensamentos negativos ou preocupações excessivas. O otimismo, ladeado de bom-senso, assegura o bem-estar emocional.

 A máxima “mente sã, corpo são” é cientificamente aceita e o caminho inverso também procede. Ou seja, cuidar do organismo reflete na saúde mental. Nesse ponto, o conselho é praticar atividade física regularmente, inclusive porque estudos atestam que elas incentivam a liberação de hormônios e outras substâncias importantes para a manutenção do humor.

Pesquisas recentes revelam que até a dieta influencia as emoções. Nesse quesito, vale se inspirar no cardápio dos mediterrâneos, abastecido de azeite de oliva, peixes, frutas, verduras e oleaginosas (nozes, castanhas…). As gorduras e os antioxidantes presentes nesse menu estão associados à maior proteção e conservação das redes de neurônios. Quando a comunicação entre as células nervosas está afiada, não sobra espaço para a angústia se apoderar da cabeça.

O diagnóstico

Existem alguns testes e questionários que apontam o dedo para o distúrbio, mas só uma avaliação apurada do médico, que incluirá histórico do paciente e da sua família, bem como alguns exames, poderá cravar se o problema é realmente uma depressão. A condição, aliás, muitas vezes está associada a outros transtornos psiquiátricos. A depressão também é classificada de acordo com a sua intensidade — leve, moderada ou grave.

O tratamento

A depressão pode durar semanas ou mesmo anos. E uma vez que o indivíduo passe por uma crise, corre maior risco de enfrentar episódio semelhante outra vez na vida. Na maioria das vezes, o tratamento é feito em conjunto pelo psiquiatra e o psicólogo. Existem diversos medicamentos antidepressivos, que ajudam a regular a química cerebral, e o médico escolherá segundo o perfil do paciente. O acompanhamento psicológico, que buscará levantar as causas do problema e como ele poderá ser desmontado, é crucial inclusive porque os remédios podem demorar um tempo para fazer efeito.

Dentro da abordagem da psicoterapia, uma das correntes utilizadas no tratamento da depressão é a cognitivo-comportamental, que identifica conflitos e auxilia o paciente a encará-los e sair do estado de abatimento. Existem estudos apontando que a acupuntura e a musicoterapia seriam coadjuvantes na recuperação do bem-estar emocional.

No mais, volta à tona a recomendação de um estilo de vida saudável, com dieta equilibrada e prática regular de atividade física. Também se reforça a indicação para combater o estresse concedendo tempo na agenda para atividades prazerosas.

Para os casos mais graves e resistentes ao tratamento convencional, hoje se estuda a aplicação de técnicas como a eletroconvulsoterapia e a estimulação magnética transcraniana.

 


Fonte: Revista Saúde

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Menino gênio diagnosticado com autismo tem QI maior do que de Einstein

Jacob ficou em silêncio por boa parte de sua infância. Mas quando ele começou a falar, ele foi capaz de se comunicar em quatro línguas diferentes.


Kristine Barnett notou que seu filhinho Jacob – a quem os médicos haviam diagnosticado como autista – parecia ter um fascínio por padrões. Então, ela o tirou do programa de educação especial de sua escola e deixou-o estudar as coisas que ele era apaixonado. Agora Jacob está no seu caminho para ganhar um Prêmio Nobel.

Jacob Barnett, que foi diagnosticado com autismo moderado a grave aos 2 anos, agora está estudando para um mestrado em física quântica.

Jacob ficou em silêncio por boa parte de sua infância. Mas quando ele começou a falar, ele foi capaz de se comunicar em quatro línguas diferentes.

Quando criança, os médicos disseram aos pais de Jacob Barnett que seu filho autista provavelmente nunca saberia amarrar os sapatos.

Mas especialistas dizem que o prodígio americano de 14 anos tem um QI maior do que Einstein e está no caminho para ganhar um Prêmio Nobel. Ele deu palestras no TEDx e está trabalhando em direção a um grau de mestre em física quântica.

A chave, de acordo com a mãe Kristine Barnett, estava em deixar Jacob ser ele mesmo – ajudando-o a estudar o mundo com os olhos arregalados e maravilhados em vez de se concentrar em uma lista de coisas que ele não podia fazer.

Diagnosticado com autismo moderado a grave com a idade de 2, Jacob passou anos nas garras de um sistema de educação especial que não entendia o que ele precisava. Seus professores na escola tentavam dissuadir Kristine a perder as esperanças para ensinar Jacob mais do que as habilidades mais básicas.

Jacob estava lutando com esse tipo de instrução – recolhendo-se cada vez mais fundo em si mesmo e se recusando a falar com todos.

Mas Kristine notou que quando ele não estava em terapia, Jacob estava fazendo “coisas espetaculares” por si próprio.

“Ele criava mapas em todo o nosso chão, usando cotonetes. Eles seriam mapas de locais que nós visitaríamos e ele memorizava todas as ruas”, Kristine disse à BBC.

Um dia, sua mãe o levou a contemplar as estrelas. Alguns meses mais tarde, eles visitaram um planetário, onde um professor estava dando uma palestra. Sempre que o professor fazia perguntas, a mãozinha de Jacob disparava para o alto e ele começava a responder as perguntas – compreendendo facilmente as complicadas teorias sobre física e o movimento dos planetas.

Jacob tinha apenas três anos e meio de idade.

Sua mãe percebeu que Jacob poderia precisar de algo que o currículo de educação especial padrão simplesmente não estava lhe dando.

“Para um pai, é aterrorizante ir contra o conselho dos profissionais”, Kristine escreve em seu livro de memórias, The Spark: A Mother’s Story of Nurturing Genius. “Mas eu sabia no meu coração que, se Jake ficasse na educação especial, ele iria escapar.”

Seu QI arredonda para 170 – maior do que o de Albert Einstein. Ele está trabalhando em sua própria teoria da relatividade. Professores do Instituto de Princeton para o Estudo Avançado ficaram impressionados.

“A teoria que ele está trabalhando envolve vários dos problemas mais difíceis em astrofísica e física teórica”, escreveu o professor de astrofísica Scott Tremaine para a família em um e-mail.

“Qualquer um que resolver estes estarão na fila por um prêmio Nobel.”

A Warner Bros. arrebataram os direitos de filmagem da história de Jacob. Kristine e seu filho embarcaram em uma turnê européia de seu livro, mas esperam ter algum tempo para descansar até julho.

“Meu objetivo para o verão é apenas dar-lhe algumas semanas de folga”, disse Kristine ao Indianapolis Monthly. “A última vez que ele teve foi quando ele veio com a teoria alternativa ao Big Bang. Então, quem sabe o que ele vai criar?”

Então Kristine decidiu assumir a tarefa sozinha.


Fonte: Earth We Are One


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Nós gostamos pouco do que temos e valorizamos muito o que nos falta

Um dos nossos maiores problemas é que aproveitamos pouco do que temos e valorizamos muito o que nos falta. Embora nossos objetivos nasçam do que nos falta, é um erro criar necessidades para algo que realmente não precisamos.

Às vezes, nós caímos no erro de chamar a necessidade de quase tudo o que não temos e obrigação de que poderíamos realmente desfrutar , como pessoas, sentimentos ou situações. Assim, perdemos muitas ocasiões reais porque preferimos fantasiar sobre a experiência da realidade, possivelmente porque a primeira é frequentemente mais fácil que a segunda.

Em geral, gostamos pouco do que temos; e isso geralmente é um padrão que alguns, infelizmente, experimentam a maior parte do tempo. Alguns especialistas na área até falam sobre a síndrome da peça que faltava para se referir a essa fixação constante, e é por isso que não a temos, às vezes até tocando a obsessão .

Não espere para ter tudo para aproveitar a vida, você tem vida para aproveitar tudo.

Vamos parar de idealizar e viver de verdade

É razoável e lógico alcançar um objetivo e pensar no próximo. No entanto, o problema surge quando, ao mesmo tempo, desfrutamos pouco do que temos. Essa é a chave: o momento presente , quer gostemos ou não, é a única coisa que temos e é a chave para viver plenamente.

O inconformismo é uma tendência inerente em seres humanos, mas não tem que amargar a vida. Por outro lado, a motivação é vital e, em certa medida, é instintiva. No entanto, isso não tem que ser negativo, mas se combinarmos a inconformidade crônica com a idealização daquilo que não temos, podemos cair num abismo de insatisfação, criando uma realidade paralela.

A idealização geralmente nos engana. Ansiamos ou desejamos algo porque acreditamos que seremos melhores se o alcançarmos; e, na realidade, não podemos saber com certeza como será uma situação até que a vivamos. Idealizar é dar um valor às cegas, que geralmente não corresponde ao real depois. Estar ciente de tudo isso é o primeiro passo para desfrutar do nosso dia a dia.

Devemos nos conscientizar do que temos, do que somos e do que a vida nos oferece. Temos que ter cuidado com o que procuramos e desejamos. Não há situações perfeitas, apenas as que colocamos em nossas cabeças. E entra em jogo a idealização sobre o que não temos, o que os outros têm e tudo o que nos falta.

 

O inferno é pavimentado com má atenção

Nós gostamos pouco do que temos porque não prestamos muita atenção. Saber o que fazer é o primeiro passo para avaliá-lo. Prestar atenção às coisas certas abre uma janela para o bem-estar, porque quem sabe aproveitar o pouco ou muito em torno dele, aprendeu a verdadeira essência da vida.

Valorizar e apreciar o que temos é fundamental para cobrir as nossas necessidades e as dos que nos rodeiam.

Então, deixamos uma velha história que nos ensina a razão pela qual muitas vezes vivemos focados em prazeres superficiais que não podemos alcançar, enquanto perdemos todos os aspectos positivos da nossa existência .

“Em um castelo inglês houve uma regra pela qual os visitantes não tiveram que pagar a entrada para visitá-lo, e isso atraiu a maioria dos turistas chegados naquele lugar. Uma vez dentro do castelo, havia apenas uma condição para não pagar a visita: isso tinha que ser feito com uma colher na boca cheia de areia, e se nenhum grama caísse durante a turnê, finalmente seria livre. Todos os visitantes, entusiasmados, aceitaram o desafio e percorreram o castelo animado para chegar ao fim sem perder um grama do conteúdo da colher.

Como resultado, a maioria dos visitantes não pagou pela entrada, mas pagou um preço muito mais alto: não ter podido apreciar nada do castelo interior. Nenhum dos visitantes que chegaram com a colher cheia de areia viu o interior da fortaleza, suas pinturas valiosas, sua arquitetura, porque eles só estavam olhando para sua colher para não derramar a areia “.

Portanto, não seja como esses visitantes. Desvie a visão do que você acha que falta e comece a aproveitar hoje o que você já tem.

 


Texto escrito por Fátima Servián Franco e publicado no site La Mente es Maravillosa
Crédito da imagem Apollinart

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Transtorno Bipolar é a doença que mais causa suicídios

Entre 30% e 50% dos brasileiros portadores de transtorno bipolar tentam suicídio. Essa é a estimativa sustentada pela ABTB (Associação Brasileira de Transtorno Bipolar). De acordo com a entidade, dos que tentam se matar, 20% conseguem o objetivo. “De todas as doenças e de todos os transtornos, o bipolar é o que mais causa suicídios”, alerta a presidenta da ABTB, Ângela Scippa.

Segundo a professora de psiquiatria Maria das Graças de Oliveira, da UnB (Universidade de Brasília), existe um risco real de suicídio principalmente nos estados mistos, em que os sintomas de depressão com o de exaltação do humor se misturam.

“É importante dizer que um dos maiores inimigos do paciente é o preconceito”, ressaltou a professora. Ela acrescentou que não é raro verificar pessoas que sofrem com o transtorno evitarem o tratamento porque têm preconceito contra o acompanhamento psiquiátrico e os medicamentos de controle da doença. “Essas pessoas precisam saber que vão viver muito melhor se fizerem o tratamento”, destacou a médica.

O professor de educação física Fernando Carvalho, diagnosticado há 11 com a doença, conta que já chegou a pensar em suicídio. “Tem horas em que a gente se pergunta se tomou uma certa decisão porque estava em um momento de crise ou se foi uma decisão racional. Quando você deixa de acreditar em si mesmo dá vontade de terminar com tudo”, relatou.

O controle do transtorno bipolar é feito com estabilizadores de humor e complementado com terapia comportamental. “Quando a pessoa inicia o tratamento, fica mais atenta ao seu próprio comportamento e aprende a controlar os sintomas. Não existe a cura, mas existe o controle. Com o tratamento à base de medicamentos, o paciente não desenvolve mais os sintomas e assim pode ter uma vida tranquila e controlada”, explicou Ângela.

“O tratamento me deu discernimento para saber quando eu estou mudando de humor. Quando eu tenho uma crise de depressão eu ainda fico muito agressivo, mas eu consigo direcionar a raiva e preservar as pessoas de quem gosto” disse Fernando. Ele acrescentou que “nas situações de crise machucava as pessoas, perdia amigos e namorada. É muito difícil viver nesse conflito”.

Fernando lembrou de uma ocasião em que decidiu suspender o tratamento porque se sentia bem e menos de seis meses depois teve uma crise, na qual expulsou toda a família da sua casa na noite de réveillon. “Meu padrasto nunca mais falou comigo, mesmo depois de pedidos de desculpa. Não dá para deixar o tratamento, as consequências podem ser permanentes”, lamenta.

A tendência do paciente com transtorno bipolar sem tratamento é ter crises cada vez mais intensas, e  com intervalos menores. Maria das Graças alerta que o humor patologicamente alterado refletirá na instabilidade de comportamento, o que se manifesta na vida profissional, social, familiar e acadêmica.

O tratamento na maioria das vezes leva a uma remissão dos sintomas da crise, ou seja, tira o paciente da depressão, da mania ou da hipomania. “Uma vez que saiu da crise, a cada 100 pacientes que interrompem o tratamento, 47 voltam a ter uma nova crise em menos de um ano, e 92 em até dois anos. Como a taxa é muito alta, existe um consenso internacional de que o paciente tem que fazer um tratamento profilático, preventivo, para evitar futuros episódios”, explicou a psiquiatra.

Ela conta que os tratamentos profiláticos diminuem pela metade a chance de novas crises, mas alerta que as pessoas portadoras de transtorno bipolar são muito sensíveis a estressores psicossociais. “A pessoa pode estar bem, e, se morre um ente querido, isso gera um estresse significativo e ela entra em uma nova crise. O medicamento sozinho não consegue resolver o problema.”

Depois de se separar do marido, com quem foi casada por seis anos, a técnica de enfermagem Elizabete Couto, descobriu que ele tinha transtorno bipolar. “Ele teve todo tipo de problema relacionado ao transtorno bipolar, se envolveu com bebida, drogas, fazia barbaridades e depois pedia perdão chorando” relembra.

Ela conta que, depois da separação, o ex-marido foi diagnosticado como portador da doença. “Quando ele foi diagnosticado, nós voltamos, na condição de ele se internar para começar o tratamento. Hoje, ele ainda tem momentos depressivos, muito relacionados a eventos do dia a dia, mas mudou muito se comparado a [às reações que tinha] antes do tratamento”, relatou Elizabete.

A técnica de enfermagem ainda contou que, antes do tratamento, foi agredida pelo marido. “Ele era totalmente perturbado, ouvia vozes, arrumava antipatia com todo mundo, era agressivo, me agredia, arrumava confusão com as pessoas da rua, vizinhos, sempre ficava comigo a parte de resolver os problemas da família e limpar a barra dele”.

 


 

Fonte: Dr Drauzio Varella

 


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Crie filhos sem limites e te “arrancarão os olhos”. A grande importância de um “NÃO” na hora certa

Na criação de filhos, por vezes, a falta de limites impostos pelos pais pode vir a jogar contra eles próprios.

Quando você se encontra diante do momento de educar seus filhos, você tem muitas dúvidas, especialmente quando se trata de marcar os limites. Pode acontecer que você tenha dúvidas e sinta que não é um bom pai ou mãe quando toma certas decisões para estabelecer seus padrões. Algumas das perguntas que você pode fazer são do tipo: Estou fazendo certo? Eu tomei a decisão certa? Por que sinto que minha decisão não é a correta?

O que é e não é um limite?

Muitos pais vêem os limites como algo negativo porque pensam que, ao colocá-los, não levam em conta a opinião de seus filhos, mas o limite de palavras nada mais é do que ensiná-los. Estabelecer limites não significa que você fique zangado com seus filhos; o que você está fazendo é ajudá-los a aprender alguma coisa.

Quando você estiver fazendo o árduo trabalho de educar, mais de uma vez, você terá que dizer “não” para coisas que você acha que não pode fazer ou deveria fazer, e desta forma, você ensina a criança que nem sempre as coisas não são alcançadas no momento que se quer. A educação também significa que certos comportamentos ou decisões terão consequências que devem ser aceitas e corrigidas. Para aprender isto, não é necessário gritar com seu filho, simplesmente, mostre-lhe de uma maneira calma e clara o que você quer transmitir a ele e, claro, evite ameaças que você nunca realizará. É importante sempre cumprir o que for dito na frente das crianças.

Papai, você me compra esse doce?

Imagine que seu filho lhe peça para comprar um presente, mas você considera que não é a hora de fazê-lo, então diga a ele que não vai comprá-lo. Nesse momento, seu filho, cheio de raiva, começa a chorar e chutar. Você está envergonhado porque as pessoas estão assistindo, então, para parar de se comportar dessa maneira, você compra o doce. Seu filho para de chorar e você pode continuar com o que estava fazendo.

Com este exemplo, o que você quer mostrar é que, se você ceder ao pedido do seu filho, ele vai parar de chorar e você vai parar de sentir vergonha porque todo mundo estava te olhando, mas a criança aprende que se ela usar esse mesmo tipo de comportamento numa próxima vez, alguma coisa ele vai conseguir.

Patterson e sua armadilha de reforço negativo

Patterson explica muito bem o que mostramos no exemplo anterior e como é muito mais fácil para os pais cederem aos pedidos de seus filhos. Mas, você deve saber que, a longo prazo, esse tipo de comportamento será repetido com mais frequência e o problema será muito maior.

A armadilha do reforço negativo de Patterson explica que quando em situações como esta os pais cedem, pais e filhos, se sentem melhor, pais, porque fazem as crianças se acalmarem e não incomodar mais, e as crianças, porque conseguem o que querem , mas, desta forma, aumentam a probabilidade de que as birras sejam mais frequentes ao longo do tempo.

No curto prazo, obtêm-se resultados positivos, mas, a longo prazo, os resultados podem não ser tão bons porque a criança aprende a manipular seus pais através de tais birras e os usará com mais frequência. Outra consequência negativa será que o comportamento das crianças será incontrolável, a menos que consigam o que querem.

As conseqüências da falta de limites

Quando você não impõe limites aos seus filhos, eles geralmente não toleram frustrações, têm dificuldade em se controlar e não cumprem muito bem as regras; Eles tendem a manipular os outros e fazem com que se sintam mal por conseguir o que querem. Eles tendem a ser impertinentes, exigem privilégios, não são constantes nem se esforçam, não têm paciência, não são muito colaborativos, têm problemas de comportamento tornando-se agressivos e podem até quebrar as coisas.

Quando nos defrontamos com um distúrbio comportamental (negatividade, quebra de regras), geralmente temos diante de nós uma criança cuja educação não tem limites, e é ela e não seus pais, quem comanda e decide.

Se você não educar ele, quem será?

Teresa Rosillo, psicóloga, disse em uma entrevista que “os pais esqueceram de dizer às crianças que eles, os pais,  são quem mandam”. É bastante comum encontrar casas onde as crianças são as pessoas que tomam decisões e os adultos se adaptam a elas e aos seus caprichos.

Você não deve esquecer que, uma das principais funções como pai, é educar para que seus filhos possam se auto-regular, mas para isso, primeiro deve haver alguém que estabeleça regras do lado de fora: os pais. Isto implica que você tem que ensinar-lhes o que é certo ou errado, aceitar quando lhes é dito para não fazer algo, ser paciente e esperar e, ensinar-lhes o que é frustração e como dominar esse sentimento.

Não, educar uma criança não é fácil, mas, como pai, é você quem deve assumir essa tarefa.

 

Artigo extraído de despiertacultura


 

Fonte: Pensar Contemporâneo

 


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