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Ele Mudou Depois Que Casamos

ele mudou depois que casamos

Ele Mudou Depois Que Casamos: Como Lidar com o Distanciamento no Relacionamento?

 


 

O início do relacionamento era cheio de carinho, atenção e promessas de um “para sempre” com cumplicidade. Mas com o tempo, tudo mudou. Ele ficou mais distante, mais impaciente, ou simplesmente… indiferente. E aí surge o pensamento doloroso: “Ele mudou depois que casamos.”

Se você está passando por isso, saiba que não está sozinha. A boa notícia? Existe saída — e ela passa pela compreensão, pela comunicação e, muitas vezes, pela coragem de pedir ajuda. Vamos conversar sobre o que pode estar acontecendo e como transformar essa frustração em um novo ponto de partida para o amor.

 


1. Mudança ou Essência Revelada?

Muita gente diz: “Ele era tão diferente antes do casamento.” Mas será que ele mudou mesmo — ou será que antes havia mais esforço para agradar, mais cuidado com a imagem, mais romantismo por necessidade?

📌 Relacionamentos longos revelam não apenas o outro, mas também nossas idealizações.

Quando o “namorado encantador” se transforma no “marido ausente”, é comum sentir que se está convivendo com um estranho. Porém, em vez de se fechar na decepção, é hora de abrir espaço para o diálogo honesto.

 


 

2. O Que Pode Estar Por Trás Dessa Mudança?

🔎 Quando você pensa “ele mudou depois que casamos”, é importante investigar possíveis razões:

  • Sobrecarga de responsabilidades: Trabalho, finanças, filhos, casa…

  • Falta de tempo de qualidade a dois: A vida adulta consome os momentos de conexão.

  • Problemas emocionais não resolvidos: Ele pode estar lidando com ansiedade, depressão ou inseguranças.

  • Expectativas não conversadas: Você espera mais apoio. Ele espera mais reconhecimento.

  • Comunicação interrompida: Quando o diálogo vira cobrança, a escuta desaparece.

Longe de justificar comportamentos ruins, o objetivo é entender o que está por trás deles.

 


 

3. O Que Fazer Quando o Amor Parece Ter Mudado

💬 Se você sente que “ele mudou depois que casamos”, não guarde isso para você. Mas também não transforme tudo em briga. Experimente:

a. Conversar com empatia

Fale sobre como você se sente, sem acusar. Use frases como:
“Sinto falta de quando ríamos mais juntos.”
“Tenho me sentido distante de você ultimamente.”

b. Relembrar quem vocês eram

Fotos antigas, músicas, passeios. Tocar as memórias pode aquecer corações adormecidos.

c. Criar novos momentos a dois

A rotina esfria o amor. Criatividade reaquece. Um jantar especial, uma viagem rápida, um hobby novo juntos.

d. Propor terapia de casal

Se a distância emocional virou abismo, buscar ajuda profissional é um gesto de maturidade — não de fracasso.

 


 

4. O Que Evitar

🚫 Comparações com o passado o tempo todo
🚫 Ironia e sarcasmo para expressar mágoas
🚫 Esperar que ele “adivinhe” o que você precisa
🚫 Ignorar os sinais de que você também está mudando

 


 

5. Mudanças Acontecem — e Podem Ser Boas

Sim, ele mudou depois que casamos. Mas talvez você também tenha mudado. O amor não sobrevive sem renovação. Mudanças podem fortalecer a relação, se forem acompanhadas de diálogo, escuta e escolhas conscientes.

 


 

Conclusão

É doloroso perceber que o parceiro mudou — principalmente quando isso acontece depois de um compromisso tão importante quanto o casamento. Mas essa dor pode ser um convite: o convite para recomeçar com mais consciência, mais verdade e mais parceria.

🌱 A Terapia de Casal pode ser esse ponto de virada. Um lugar seguro onde os dois podem ser ouvidos, acolhidos e orientados para reconstruir uma nova fase do amor.

 


 

💬 Pronta para entender melhor o que está acontecendo entre vocês? Agende uma consulta com nossa especialista e dê o primeiro passo para transformar o seu relacionamento.

 


 

 

Ela Esfriou Comigo: O Que Fazer?

ela esfriou comigo o que fazer

Ela Esfriou Comigo: O Que Fazer Para Resgatar a Conexão no Relacionamento


 

Você percebeu que ela está mais distante. As conversas diminuíram, o carinho esfriou e até o olhar mudou. A dúvida surge, como uma nuvem insistente: “Ela esfriou comigo. O que fazer agora?”

Essa sensação de afastamento pode ser angustiante, especialmente quando ainda existe amor e vontade de fazer o relacionamento dar certo. A boa notícia é que existe caminho — e ele passa por escuta, empatia, ação e, muitas vezes, apoio profissional.

Vamos conversar sobre o que pode estar acontecendo, como lidar com isso e quais atitudes ajudam a reacender a conexão.


 

Ela esfriou comigo, o que fazer primeiro? Respire.

O primeiro passo é não reagir no impulso. Se você responder ao afastamento com desespero, cobranças ou insegurança, pode piorar o cenário. Em vez disso, respire fundo e busque entender o que pode estar por trás dessa mudança.

Muitas mulheres, quando se afastam emocionalmente, estão lidando com frustrações acumuladas, mágoas não resolvidas ou uma sobrecarga silenciosa. Nem sempre elas sabem como expressar isso — e o “esfriamento” se torna uma forma de proteção.


 

Evite os erros clássicos: cobrança, ciúmes e dramatização

Sim, você está sofrendo. Mas transformar esse sofrimento em pressão, desconfiança ou chantagens emocionais só vai aumentar a distância.

Ao se perguntar “ela esfriou comigo o que fazer?”, fuja dos comportamentos que drenam a relação:

  • Exigir explicações no calor da emoção

  • Invadir a privacidade dela para tentar entender “o que está acontecendo”

  • Pressionar por afeto ou intimidade

  • Fazer jogos emocionais para testar sentimentos

Essas atitudes não geram aproximação — geram mais silêncio.


 

Volte a escutar com atenção (de verdade)

A reconexão começa por uma escuta ativa. Pergunte como ela está se sentindo, sem tentar resolver tudo de imediato. Ouça sem interromper, sem justificar, sem minimizar.

Você pode dizer algo como:

“Percebi que estamos um pouco distantes e me preocupo com isso. Quero entender como você está se sentindo e o que posso fazer pra melhorar.”

Essa abertura pode surpreender — e tocar onde palavras mais agressivas jamais chegariam.


 

Assuma sua parte com maturidade

Em boa parte dos relacionamentos em crise, há responsabilidade dos dois lados. Reconhecer seus erros com honestidade (sem se culpar ou dramatizar) é um gesto poderoso.

Se você falhou em demonstrar carinho, se se afastou emocionalmente ou negligenciou necessidades dela, admita. Mostrar que está disposto a mudar é o que constrói confiança novamente.


 

Demonstre cuidado sem invadir o espaço dela

A reconquista emocional não acontece com grandes gestos cinematográficos, mas com pequenas atitudes consistentes:

  • Mandar uma mensagem sincera no meio do dia

  • Demonstrar interesse por algo que ela gosta

  • Estar presente sem exigir atenção

  • Cuidar da casa, da rotina, da parceria real

Afeto é verbo — e o que você faz, dia após dia, fala mais alto do que o que você diz.


 

Quando procurar ajuda profissional

Se, mesmo com esforço, a distância emocional continua crescendo, buscar um terapeuta de casal pode ser essencial. O profissional ajuda a abrir caminhos de diálogo, identificar padrões que desgastam a relação e construir um espaço seguro para a reconexão.

Aliás, só o fato de você buscar respostas e estar lendo este artigo já mostra uma disposição para mudar. Não ignore essa força.


 

E se ela não quiser mais?

Às vezes, o afastamento é um sintoma de que ela já tomou uma decisão — mesmo que não tenha dito em voz alta. E isso dói. Muito.

Mas saber a verdade é melhor do que viver em dúvida. Se ela realmente não quiser continuar, respeitar essa escolha é também um ato de amor (inclusive por você).

E lembre-se: você não precisa atravessar isso sozinho. Psicoterapia individual pode ser um suporte fundamental para elaborar a dor, entender seus padrões e se reconstruir com mais consciência para os próximos passos.


 

Conclusão

A pergunta “ela esfriou comigo, o que fazer?” tem uma resposta que começa por dentro. Ao olhar com empatia, comunicar com verdade e agir com consistência, você abre espaço para a reconexão — ou, ao menos, para uma despedida respeitosa.

O amor não acaba com um gesto frio. Ele pode estar apenas adormecido, esperando um toque de presença para reacender.


 

Se você está enfrentando o distanciamento na sua relação, não espere a situação piorar. Agende uma sessão com nossos psicólogos e terapeutas de casal na Clínica Basiléia. Vamos ajudar você a entender o que está por trás desse afastamento e o que ainda pode ser reconstruído. 💛

👩‍⚕️ Terapeuta de Casal: Quando Procurar, Como Funciona e o Que Esperar do Processo

terapeuta de casal

Terapeuta de Casal: Quando Procurar, Como Funciona e o Que Esperar do Processo


 

Se você já pensou em procurar um terapeuta de casal, provavelmente seu relacionamento chegou em um ponto onde o diálogo se desgastou, as brigas se intensificaram ou a conexão emocional se perdeu. Mas, ao contrário do que muitos imaginam, terapia de casal não é um último recurso — é um recomeço inteligente e cheio de possibilidades.

Neste artigo, você vai entender quando procurar ajuda, como funciona o processo terapêutico e o que um bom terapeuta de casal pode fazer por vocês.


 

O que faz um terapeuta de casal?

Um terapeuta de casal é um psicólogo especializado em ajudar dois indivíduos a reconstruírem os caminhos da comunicação, a resgatarem o vínculo emocional e a desenvolverem habilidades para lidar com os conflitos inevitáveis de uma vida a dois. Diferente de um juiz ou conselheiro, o terapeuta não toma partido, mas oferece um espaço seguro para que ambos se escutem, se expressem e encontrem soluções reais.


 

Quando procurar um terapeuta de casal?

Não existe um “momento certo” universal. Mas alguns sinais indicam que o casal pode se beneficiar muito de um acompanhamento terapêutico:

  • Discussões frequentes, muitas vezes sem resolução

  • Distanciamento emocional ou sexual

  • Dificuldades na criação dos filhos

  • Traições ou quebra de confiança

  • Dúvidas sobre o futuro da relação

  • Comunicação agressiva, evasiva ou inexistente

  • Repetição de padrões tóxicos

Mesmo casais que não estão em crise profunda podem buscar terapia para fortalecer o relacionamento ou se preparar para novos ciclos (como o nascimento de filhos, aposentadoria, mudanças de cidade etc.).


 

Como funciona a terapia de casal?

O processo varia de acordo com o profissional, mas geralmente o terapeuta de casal conduz sessões semanais com os dois parceiros presentes. Em alguns casos, também são feitas sessões individuais para aprofundar questões mais delicadas.

Durante os encontros, o foco está em:

  • Estabelecer uma comunicação mais empática

  • Identificar padrões de comportamento que alimentam o conflito

  • Resgatar a escuta ativa e o afeto

  • Trabalhar questões como ciúmes, insegurança, frustrações e expectativas

  • Promover acordos saudáveis para o convívio

O terapeuta pode propor exercícios, reflexões e dinâmicas entre as sessões para manter o processo vivo fora do consultório.


 

E se só um quiser fazer terapia?

Essa é uma pergunta comum. E a resposta é: vale começar mesmo assim! Muitas vezes, uma mudança de postura de um dos parceiros já impacta positivamente a dinâmica da relação. Além disso, quem inicia o processo sozinho pode convencer o outro ao demonstrar crescimento, equilíbrio e disposição para o diálogo.


 

O que não esperar de um terapeuta de casal

É importante alinhar expectativas: o terapeuta não vai dizer quem está certo ou errado, nem vai obrigar o casal a continuar junto. O objetivo é facilitar a clareza. Algumas vezes, o caminho terapêutico leva à reconciliação; outras, ajuda o casal a encerrar a relação com respeito e maturidade. Ambos os resultados podem ser libertadores.


 

Por que procurar um terapeuta de casal é um ato de coragem

Assumir que a relação precisa de ajuda e buscar um profissional especializado é uma das atitudes mais maduras que um casal pode ter. Não é sinal de fraqueza, é sinal de compromisso. Ninguém nasce sabendo se relacionar — aprender a amar com inteligência emocional é um processo que vale para a vida inteira.


 

Conclusão

Relacionamentos exigem cuidado, atenção e presença. Se você sente que a conexão está falhando, mas ainda há vontade de fazer dar certo, um terapeuta de casal pode ser exatamente o apoio que vocês precisam. A mudança começa com uma escolha — e ela pode ser feita hoje.


 

Agende uma conversa com nossos terapeutas especializados na Clínica de Psicologia Basiléia. Estamos aqui para ajudar vocês a reconstruírem o que ainda pode florescer. 💛

 

Como Salvar Meu Casamento: 7 Passos Concretos Para Recuperar a Conexão Perdida

como salvar meu casamento

🔧 Como Salvar Meu Casamento: 7 Passos Concretos Para Recuperar a Conexão Perdida


 


 

Você já se perguntou como salvar meu casamento mesmo quando tudo parece perdido? Se a resposta for sim, respire fundo. Só o fato de estar buscando essa resposta já mostra o quanto você se importa. A boa notícia é: é possível, sim, reconstruir um casamento em crise. Não com mágica, mas com intenção, presença e ajuda adequada. A seguir, vamos te mostrar 7 passos reais para iniciar essa restauração — e talvez até tornar a relação mais forte do que nunca.

 


 

1. Reconheça que existe um problema (sem apontar dedos)

O primeiro passo para qualquer mudança real é admitir que algo precisa mudar. Isso não significa culpar o outro, mas assumir a responsabilidade pelo que cada um trouxe (ou não trouxe) para a relação. Se você está dizendo “quero salvar meu casamento”, precisa começar com um olhar honesto e sem defesas.

 


 

2. Pare de repetir os mesmos padrões

Insistir nos mesmos comportamentos esperando resultados diferentes é um convite ao desgaste. Observe: quais discussões se repetem? Quais atitudes geram distanciamento? Perceber esses ciclos é essencial para interrompê-los.

 


 

3. Abra espaço para conversas reais

Comunicação não é só falar — é também ouvir, validar e acolher. Tente reservar um momento na semana para conversas sem interrupções, com foco em como vocês se sentem. Se perguntar constantemente: “como salvar meu casamento se nem conseguimos conversar sem brigar?”, essa pode ser a resposta inicial.

 


 

4. Reaprenda a demonstrar afeto

Muitos casais entram no piloto automático e esquecem de demonstrar carinho. Um toque, um elogio sincero ou um “obrigado” podem parecer pequenos, mas são gigantescos para quem se sente invisível no relacionamento. O amor precisa ser alimentado todos os dias, mesmo que em doses pequenas.

 


 

5. Invista em terapia de casal

Buscar apoio psicológico é um ato de coragem e amor. Um terapeuta de casal pode ajudar a resgatar a escuta, reconstruir a confiança e oferecer estratégias práticas para transformar conflitos em oportunidades de crescimento. Se você está determinado a entender como salvar seu casamento, essa é uma das ferramentas mais poderosas.

 


 

6. Trabalhe a si mesmo(a)

Relacionamentos saudáveis são formados por pessoas saudáveis. Invista em seu próprio equilíbrio emocional, autoestima e autoconhecimento. Muitas vezes, quando estamos feridos, agimos na defensiva ou de forma destrutiva. E aí, o casamento vira campo de batalha.

 


 

7. Reative o propósito da relação

Por que vocês estão juntos? O que ainda há de bonito entre vocês? Quais sonhos podem ser reconstruídos? Voltar à essência da relação é um dos caminhos mais eficazes para reacender a chama. Casamentos se salvam quando existe sentido.

 


 

Conclusão:

Se você chegou até aqui, já está no caminho. Como salvar meu casamento não é uma pergunta com resposta única, mas um processo com muitos passos possíveis. Não se trata de voltar a como as coisas eram, mas de criar algo novo, com mais maturidade, conexão e presença. E, sim, isso é absolutamente possível.

 


 

 

Se você sente que ainda há amor, mas não sabe por onde recomeçar, talvez seja hora de buscar ajuda.

 

Conheça o serviço de Terapia de Casal da Clínica de Psicologia Basiléia e comece hoje mesmo o movimento de restauração que seu relacionamento merece.

Por que devemos ficar longe de pessoas tóxicas

Relacionar-se com outras pessoas não é tarefa fácil. Lidar com as diferenças é um desafio, mas não precisa ser doloroso. Para que as conexões sejam saudáveis e prazerosas, como devem ser, é preciso ter, acima de tudo, empatia.

Do contrário, o convívio pode se tornar um verdadeiro pesadelo, e o que era para ser bom acaba se tornando um tormento. Pequenas discussões viram grandes embates, opiniões são reprimidas, sentimentos ignorados e, às vezes, até a liberdade e a saúde são comprometidas.

Esses são alguns sinais que indicam que, talvez, aquela amizade seja tóxica.

De acordo com a psicologia e a psiquiatria, pessoas tóxicas são aquelas que têm uma mentalidade negativa e comportamentos prejudiciais, tanto para os que estão ao seu redor quanto para si mesmas. Elas têm a capacidade de manipular os outros, limitar suas ações e seu desenvolvimento pessoal, além de causarem, continuamente, emoções nocivas.

Pessoas com essas características também tendem a criar complexidade desnecessária e dramatizam situações para se sobressaírem em relação às outras com quem convivem.

Segundo o médico psiquiatra Fúlvio Godinho, estudos mostram que as emoções causadas por pessoas com esse perfil podem ter um impacto negativo e duradouro no cérebro:

“A exposição a alguns dias de estresse compromete a eficácia dos neurônios do hipocampo, uma importante área do cérebro responsável pelo raciocínio e pela memória. Semanas de desconforto emocional causam danos reversíveis às células cerebrais, e meses de angústia podem destruí-las permanentemente”, explica.

“Lidar com o comportamento tóxico de alguém pode ser exaustivo. Resista à tentação de entrar no discurso de reclamações com eles ou se defender de acusações. Preste atenção em como essas pessoas fazem você se sentir.

Às vezes, simplesmente ficar mais ciente de como o comportamento tóxico de alguém afeta você pode ajudá-lo a entender melhor as interações com essa pessoa”, recomenda o profissional.

Para a psicóloga Múria Carla, deve-se ressaltar que todos, em algum momento, agimos de forma tóxica, então deve-se ter cuidado com o termo e com os julgamentos.

“A pessoa tóxica tem comportamentos e atitudes que adoecem quem está convivendo com ela, e isso de uma maneira mais exacerbada, ou seja, de forma exagerada.”

A primeira coisa a ser feita para saber se você está convivendo com uma pessoa tóxica é começar a observar sinais e escutar quem está à sua volta. “Não se isole, não normalize a situação, não se deixe prender, tome a decisão de terminar ou buscar tratamento, peça ajuda profissional e não se culpe”, diz Múria. A psicóloga enfatiza que é necessário buscar ajuda profissional, aprender a olhar mais para si e observar os sinais, aprender a ver o que é funcional ou disfuncional.

 

Culpa e falta de lucidez

A servidora pública Andressa* conta que já viveu um relacionamento de amizade no qual se sentia coagida emocionalmente, apenas por não concordar com algumas atitudes e falas da amiga.

“Ela tentava, a todo momento, mudar minhas opiniões e adequar às dela, fazendo com que eu me sentisse culpada por tudo o que eu falava e sentia. Eu acabava mudando meus pensamentos para agradar essa pessoa e me anulava em quase todas as situações”, relata.

A moça lembra que as manipulações eram sutis, o que a fazia se sentir ainda pior, por não conseguir distinguir o que era real do que era criado pela outra pessoa. “Na época, eu não conseguia fazer nada, só me sentia culpada e triste o tempo inteiro.

Quando eu tentava me impor e questionava as ações dela, ela me dizia que estava magoada e que eu estava tentando mudá-la. Cheguei a questionar a minha própria sanidade, não sabia se estava ficando louca ou se tudo que eu vivia não era só coisa da minha cabeça”, conta Andressa.

“Até que chegou um momento em que ela brigou comigo por um motivo fútil e eu me senti muito humilhada na discussão, não consegui falar nada, só chorar. Foi aí que percebi que estava em uma relação tóxica, na qual era constantemente desrespeitada.

Comecei a ouvir opiniões de amigos do mesmo ciclo e todos eles conseguiram abrir meus olhos diante daquela situação que eu estava vivendo, por isso me distanciei da pessoa”, lembra a jovem, que diz se sentir muito melhor hoje, sem as pressões psicológicas. “Eu me sinto mais leve.”

*Nome fictício a pedido da entrevistada

Atitudes e transtornos

Essas pessoas podem mudar ou devemos modificar a atitude em relação a elas? Para a psicóloga Simone Cursina de Arruda, algumas podem mudar, mas para quem tem desvio de caráter ou transtorno de personalidade, é bem mais difícil de isso acontecer.

“Gosto de sempre dar uma chance de o outro mudar e verificar se é possível uma adaptação na relação.”

Infelizmente, conviver com esses relacionamentos pode causar transtornos mentais. “Em um ambiente tóxico, pode deixar a pessoa suscetível à depressão, criando uma pressão externa que pode deflagrar um quadro de transtorno mental.

É importante enfatizar que uma pressão externa constante pode exaurir os recursos emocionais e desencadear um adoecimento emocional”, explica a psiquiatra Maria Francisca Mauro. Além disso, podem existir outros fatores envolvidos, por isso é necessária a avaliação de um profissional.

De acordo com a psicóloga, o fato de serem deprimidas e ansiosas não elimina, também, a possibilidade de serem tóxicas. “Existem as intencionais, aquelas que de forma premeditada agem provocando mal-estar nas outras.

No entanto, há outras que podem se tornar tóxicas por estarem infelizes, com algum problema na vida, ou por estarem com algum quadro psiquiátrico descompensado (depressão, transtorno bipolar do humor, dependência química, esquizofrenia, etc.).”

 

Cicatrizes

Para a estudante universitária Gabriela*, 23 anos, conviver com a mãe e a tia, que não aceitavam sua orientação sexual, era um desafio e tanto. Todos os dias, ela precisava escutar falas preconceituosas e ofensivas sobre o seu jeito de se vestir e de se portar, desde que era mais jovem.

“Sempre apresentei um comportamento diferente do que elas esperavam, em relação à feminilidade, e fui extremamente reprimida por causa disso. Elas me seguiam na rua, mexiam nas minhas coisas escondidas e faziam muita chantagem emocional, ignorando minhas necessidades e alegando que eu não sabia o que era melhor para mim”, desabafa.

Por muitos anos ela se sentiu incapaz de fazer qualquer coisa sozinha. “Se eu não fosse validada por elas, parecia que algo horrível ia acontecer comigo”, lembra a jovem, que começou a fazer terapia para conseguir lidar melhor com o comportamento das parentes.

“Quando estava em casa, tinha que me centrar muito para não surtar. Costumava procurar escapes, como fingir que estava trabalhando ou fazendo alguns exercícios”, relata Gabriela.

Durante a pandemia, a estudante acabou optando por se mudar, uma vez que a casa onde morava com a família era pequena e ela temia ter ainda mais problemas de convivência. Ela foi para outro estado e diz não se arrepender.

O distanciamento ajudou na relação com a mãe, mas ela conta que as cicatrizes dos anos que se passaram fizeram com que a forma de enxergar a si mesma fosse prejudicada. “Mesmo com a distância, eu ainda sou muito influenciada pela minha família, ainda tenho muito medo de me expressar e, às vezes, fico paranoica achando que estão com raiva de mim, mesmo eu não tendo feito nada”, completa.

*Nome fictício a pedido da entrevistada

 

Outros caminhos

Distanciar-se parece a melhor opção para quem vive um relacionamento tóxico. Mas e quando esse afastamento não é possível? Um bom exemplo pode ser visto em algumas relações familiares, quando as pessoas moram na mesma casa e não existe outra opção a não ser a convivência diária e, por vezes, desgastante.

No trabalho, esse tipo de situação também pode ocorrer. Nesses casos, é importante estabelecer limites e deixar claro para a outra pessoa que as suas necessidades e espaços devem ser respeitados, assim como você respeita os dela. Veja, a seguir, algumas dicas dadas pelo psiquiatra Fúlvio Godinho:

– Defina limites: envolve decidir o que você vai ou não tolerar. Comunique esses limites com clareza e cumpra-os.
– Mude sua rotina: embora possa não parecer justo ser você quem tem de mudar, muitas vezes, vale a pena para o seu próprio bem-estar. Mudar de rotina pode ajudá-lo a evitar ser arrastado para conversas estressoras.
– Incentive-os a buscar ajuda: muitas vezes, é difícil entender por que as pessoas se comportam de maneiras tóxicas, mas pode ser útil considerar que elas podem estar lidando com alguns desafios pessoais que os estão levando a um ataque. Isso não desculpa o comportamento problemático, mas pode ajudar a explicá-lo. A psicoterapia pode ajudar as pessoas a identificarem comportamentos nocivos e aprenderem a gerenciar suas emoções e reações de maneiras mais saudáveis.
– Evite intimidade: recomenda-se manter as interações superficiais com a outra pessoa. Seja claro sobre como você está e explique que não está disposto a se envolver.

Sou tóxico? E agora?

  • Reconheça a própria toxicidade de forma genuína e não por manipulação ou mesmo por conveniência. A autoajuda precisa, primeiramente, estar baseada não na vantagem, mas na capacidade de reconhecer as próprias fraquezas e inseguranças.
  • Faça uma auto-observação dos comportamentos e reações. Peça feedback de pessoas de grupos diferentes para saber se isso é geral ou com pessoas específicas.
  • Terapia é importante para ter maior consciência sobre o próprio comportamento — o que leva você a ser assim? Que experiências teve na vida que levaram a eles? Que habilidades serão necessárias desenvolver para um melhor relacionamento com o outro?
  • Peça perdão e se perdoe, se necessário. Médicos, psiquiatras e psicólogos podem — e vão — ajudar nesse processo de mudança.
  • O acolhimento da família também é muito importante.

 

Problema on-line

Denominada por muitos de terra sem lei ou terra de ninguém, a internet deixa os usuários vulneráveis a críticas, xingamentos e até ameaças. Segundo a psiquiatra Laura Campos Egídio, assim como devemos nos atentar para o que assistimos, lemos e consumimos, também precisamos filtrar com quem interagimos on-line.

“As críticas, notícias ruins, xingamentos, sempre existiram, antes mesmo de a internet surgir. A questão é que tudo ficou mais rápido, viável e simples”, diz. “Você é o que come, o que lê e o que acompanha. Tudo isso é absorvido! Apenas filtre quem você segue”, complementa a médica, pós-graduada em psiquiatria.

A sugestão da psiquiatra é bloquear essa ou essas pessoas. Opiniões contrárias às suas sempre existirão e está tudo bem nisso. “Se for apenas críticas ou opiniões contrárias às suas, é válida uma autoavaliação.

Nesse caso, agradeça o feedback e reflita. A forma como encaramos as críticas também é muito importante.”

Para a médica, existem diversas explicações, teorias e motivos para essas atitudes horríveis nas redes sociais. “Por exemplo, são pessoas infelizes, com baixa autoestima, frágeis ou que sentem que os valores e opiniões foram violados e precisam ser defendidos.”

Laura conta que no seu perfil do Instagram sempre há seguidores reclamando de pessoas tóxicas na internet e na vida real. “Também já sofri críticas e comentários. Aprendi a bloquear. A cada comentário negativo, existem centenas de positivos.”

A terapeuta Mônica Maia, 43 anos, teve um relacionamento amoroso abusivo há sete anos. “Percebi que era tóxico, mas não queria acreditar.

Tinha medo de estar errada ou exagerando. Estava sempre justificando internamente os comportamentos dele”, diz. “Às vezes, banalizamos e ignoramos os nossos sentimentos e, principalmente, subjugarmos a nossa intuição.”

Ela relata como era o comportamento da pessoa. “Elogiava meu trabalho, minhas conquistas, mas, em outro momento, colocava em dúvida a minha competência e capacidade. Falava que eu era chata e ninguém me suportava.

Invalidava a minha imagem, demonstrava desprezo, mas, em seguida, arrependia-se. Falava mal dos meus comportamentos e dizia que era para o meu bem; fazia parecer que não seria nada sem ele.”

Mônica sempre foi independente, mas, nessa relação, não se percebia assim. “Eu me sentia burra, ignorante, humilhada e envergonhada. Escondia dos outros, pois não podia demonstrar fraqueza”, afirma.

Questionava-se como uma mulher estudada e culta poderia se deixar levar por um homem tóxico. “Era quase inadmissível saber o que era um relacionamento assim e assumir que estava em um. Você se desequilibra a ponto de pensar que tudo de errado que o outro fez foi culpa sua.”

Depois de uma traição, ela conseguiu abrir os olhos. “Entrei em depressão e fiz terapias, pois, mesmo depois do término, continuei sofrendo ações tóxicas por parte dele. Também me fechei para outros relacionamentos.”

 


 

Fonte: Correio Braziliense




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