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VOCÊ SABE O QUE É PSICOFOBIA?

Diariamente milhares de pessoas são diagnosticadas com transtornos mentais no mundo.  Depressão, transtornos de humor, TDAH, transtornos de ansiedade, e muitos outros podem afetar crianças, adolescentes, adultos e idosos.

O preconceito contra os portadores de Transtornos Mentais é chamado de Psicofobia e ele é real!

Além das limitações que o transtorno pode trazer para a vida do paciente, muitas vezes ainda precisa lidar com a vergonha da doença, preconceito com a medicação, medo de ser discriminado no trabalho, fatores esses que acabam atrapalhando a busca por ajuda e adesão ao tratamento, podendo atrasar muito a estabilização do quadro.

Outra grande barreira é o ESTIGMA, que pode atingir aqueles que já tiveram ou têm algum tipo de sofrimento mental. Em muitos deles, as relações sociais são prejudicadas, isolando o paciente como se fosse um ser à parte, sendo assim, discriminado.

Tal estigma também está relacionado ao medo do desconhecido, muitas vezes por falta de informação e compreensão.

Vale lembrar que o estigma que pacientes portadores de sofrimento mental não têm possibilidade de recuperação é uma mentira. O surgimento de novos medicamentos, com menos efeitos colaterais além de outras formas de tratamento mais eficazes e grande contribuição da reforma psiquiátrica brasileira têm contribuído para uma melhor qualidade de vida, além de um melhor prognóstico.

E como combater a Psicofobia e o preconceito? Informando, conversando e vencendo o preconceito.

12 de Abril é considerado o Dia Nacional de Enfrentamento da Psicofobia.


Equipe de Psicologia - Clínica Basiléia

 

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Por que devemos ficar longe de pessoas tóxicas

Relacionar-se com outras pessoas não é tarefa fácil. Lidar com as diferenças é um desafio, mas não precisa ser doloroso. Para que as conexões sejam saudáveis e prazerosas, como devem ser, é preciso ter, acima de tudo, empatia.

Do contrário, o convívio pode se tornar um verdadeiro pesadelo, e o que era para ser bom acaba se tornando um tormento. Pequenas discussões viram grandes embates, opiniões são reprimidas, sentimentos ignorados e, às vezes, até a liberdade e a saúde são comprometidas.

Esses são alguns sinais que indicam que, talvez, aquela amizade seja tóxica.

De acordo com a psicologia e a psiquiatria, pessoas tóxicas são aquelas que têm uma mentalidade negativa e comportamentos prejudiciais, tanto para os que estão ao seu redor quanto para si mesmas. Elas têm a capacidade de manipular os outros, limitar suas ações e seu desenvolvimento pessoal, além de causarem, continuamente, emoções nocivas.

Pessoas com essas características também tendem a criar complexidade desnecessária e dramatizam situações para se sobressaírem em relação às outras com quem convivem.

Segundo o médico psiquiatra Fúlvio Godinho, estudos mostram que as emoções causadas por pessoas com esse perfil podem ter um impacto negativo e duradouro no cérebro:

“A exposição a alguns dias de estresse compromete a eficácia dos neurônios do hipocampo, uma importante área do cérebro responsável pelo raciocínio e pela memória. Semanas de desconforto emocional causam danos reversíveis às células cerebrais, e meses de angústia podem destruí-las permanentemente”, explica.

“Lidar com o comportamento tóxico de alguém pode ser exaustivo. Resista à tentação de entrar no discurso de reclamações com eles ou se defender de acusações. Preste atenção em como essas pessoas fazem você se sentir.

Às vezes, simplesmente ficar mais ciente de como o comportamento tóxico de alguém afeta você pode ajudá-lo a entender melhor as interações com essa pessoa”, recomenda o profissional.

Para a psicóloga Múria Carla, deve-se ressaltar que todos, em algum momento, agimos de forma tóxica, então deve-se ter cuidado com o termo e com os julgamentos.

“A pessoa tóxica tem comportamentos e atitudes que adoecem quem está convivendo com ela, e isso de uma maneira mais exacerbada, ou seja, de forma exagerada.”

A primeira coisa a ser feita para saber se você está convivendo com uma pessoa tóxica é começar a observar sinais e escutar quem está à sua volta. “Não se isole, não normalize a situação, não se deixe prender, tome a decisão de terminar ou buscar tratamento, peça ajuda profissional e não se culpe”, diz Múria. A psicóloga enfatiza que é necessário buscar ajuda profissional, aprender a olhar mais para si e observar os sinais, aprender a ver o que é funcional ou disfuncional.

 

Culpa e falta de lucidez

A servidora pública Andressa* conta que já viveu um relacionamento de amizade no qual se sentia coagida emocionalmente, apenas por não concordar com algumas atitudes e falas da amiga.

“Ela tentava, a todo momento, mudar minhas opiniões e adequar às dela, fazendo com que eu me sentisse culpada por tudo o que eu falava e sentia. Eu acabava mudando meus pensamentos para agradar essa pessoa e me anulava em quase todas as situações”, relata.

A moça lembra que as manipulações eram sutis, o que a fazia se sentir ainda pior, por não conseguir distinguir o que era real do que era criado pela outra pessoa. “Na época, eu não conseguia fazer nada, só me sentia culpada e triste o tempo inteiro.

Quando eu tentava me impor e questionava as ações dela, ela me dizia que estava magoada e que eu estava tentando mudá-la. Cheguei a questionar a minha própria sanidade, não sabia se estava ficando louca ou se tudo que eu vivia não era só coisa da minha cabeça”, conta Andressa.

“Até que chegou um momento em que ela brigou comigo por um motivo fútil e eu me senti muito humilhada na discussão, não consegui falar nada, só chorar. Foi aí que percebi que estava em uma relação tóxica, na qual era constantemente desrespeitada.

Comecei a ouvir opiniões de amigos do mesmo ciclo e todos eles conseguiram abrir meus olhos diante daquela situação que eu estava vivendo, por isso me distanciei da pessoa”, lembra a jovem, que diz se sentir muito melhor hoje, sem as pressões psicológicas. “Eu me sinto mais leve.”

*Nome fictício a pedido da entrevistada

Atitudes e transtornos

Essas pessoas podem mudar ou devemos modificar a atitude em relação a elas? Para a psicóloga Simone Cursina de Arruda, algumas podem mudar, mas para quem tem desvio de caráter ou transtorno de personalidade, é bem mais difícil de isso acontecer.

“Gosto de sempre dar uma chance de o outro mudar e verificar se é possível uma adaptação na relação.”

Infelizmente, conviver com esses relacionamentos pode causar transtornos mentais. “Em um ambiente tóxico, pode deixar a pessoa suscetível à depressão, criando uma pressão externa que pode deflagrar um quadro de transtorno mental.

É importante enfatizar que uma pressão externa constante pode exaurir os recursos emocionais e desencadear um adoecimento emocional”, explica a psiquiatra Maria Francisca Mauro. Além disso, podem existir outros fatores envolvidos, por isso é necessária a avaliação de um profissional.

De acordo com a psicóloga, o fato de serem deprimidas e ansiosas não elimina, também, a possibilidade de serem tóxicas. “Existem as intencionais, aquelas que de forma premeditada agem provocando mal-estar nas outras.

No entanto, há outras que podem se tornar tóxicas por estarem infelizes, com algum problema na vida, ou por estarem com algum quadro psiquiátrico descompensado (depressão, transtorno bipolar do humor, dependência química, esquizofrenia, etc.).”

 

Cicatrizes

Para a estudante universitária Gabriela*, 23 anos, conviver com a mãe e a tia, que não aceitavam sua orientação sexual, era um desafio e tanto. Todos os dias, ela precisava escutar falas preconceituosas e ofensivas sobre o seu jeito de se vestir e de se portar, desde que era mais jovem.

“Sempre apresentei um comportamento diferente do que elas esperavam, em relação à feminilidade, e fui extremamente reprimida por causa disso. Elas me seguiam na rua, mexiam nas minhas coisas escondidas e faziam muita chantagem emocional, ignorando minhas necessidades e alegando que eu não sabia o que era melhor para mim”, desabafa.

Por muitos anos ela se sentiu incapaz de fazer qualquer coisa sozinha. “Se eu não fosse validada por elas, parecia que algo horrível ia acontecer comigo”, lembra a jovem, que começou a fazer terapia para conseguir lidar melhor com o comportamento das parentes.

“Quando estava em casa, tinha que me centrar muito para não surtar. Costumava procurar escapes, como fingir que estava trabalhando ou fazendo alguns exercícios”, relata Gabriela.

Durante a pandemia, a estudante acabou optando por se mudar, uma vez que a casa onde morava com a família era pequena e ela temia ter ainda mais problemas de convivência. Ela foi para outro estado e diz não se arrepender.

O distanciamento ajudou na relação com a mãe, mas ela conta que as cicatrizes dos anos que se passaram fizeram com que a forma de enxergar a si mesma fosse prejudicada. “Mesmo com a distância, eu ainda sou muito influenciada pela minha família, ainda tenho muito medo de me expressar e, às vezes, fico paranoica achando que estão com raiva de mim, mesmo eu não tendo feito nada”, completa.

*Nome fictício a pedido da entrevistada

 

Outros caminhos

Distanciar-se parece a melhor opção para quem vive um relacionamento tóxico. Mas e quando esse afastamento não é possível? Um bom exemplo pode ser visto em algumas relações familiares, quando as pessoas moram na mesma casa e não existe outra opção a não ser a convivência diária e, por vezes, desgastante.

No trabalho, esse tipo de situação também pode ocorrer. Nesses casos, é importante estabelecer limites e deixar claro para a outra pessoa que as suas necessidades e espaços devem ser respeitados, assim como você respeita os dela. Veja, a seguir, algumas dicas dadas pelo psiquiatra Fúlvio Godinho:

– Defina limites: envolve decidir o que você vai ou não tolerar. Comunique esses limites com clareza e cumpra-os.
– Mude sua rotina: embora possa não parecer justo ser você quem tem de mudar, muitas vezes, vale a pena para o seu próprio bem-estar. Mudar de rotina pode ajudá-lo a evitar ser arrastado para conversas estressoras.
– Incentive-os a buscar ajuda: muitas vezes, é difícil entender por que as pessoas se comportam de maneiras tóxicas, mas pode ser útil considerar que elas podem estar lidando com alguns desafios pessoais que os estão levando a um ataque. Isso não desculpa o comportamento problemático, mas pode ajudar a explicá-lo. A psicoterapia pode ajudar as pessoas a identificarem comportamentos nocivos e aprenderem a gerenciar suas emoções e reações de maneiras mais saudáveis.
– Evite intimidade: recomenda-se manter as interações superficiais com a outra pessoa. Seja claro sobre como você está e explique que não está disposto a se envolver.

Sou tóxico? E agora?

  • Reconheça a própria toxicidade de forma genuína e não por manipulação ou mesmo por conveniência. A autoajuda precisa, primeiramente, estar baseada não na vantagem, mas na capacidade de reconhecer as próprias fraquezas e inseguranças.
  • Faça uma auto-observação dos comportamentos e reações. Peça feedback de pessoas de grupos diferentes para saber se isso é geral ou com pessoas específicas.
  • Terapia é importante para ter maior consciência sobre o próprio comportamento — o que leva você a ser assim? Que experiências teve na vida que levaram a eles? Que habilidades serão necessárias desenvolver para um melhor relacionamento com o outro?
  • Peça perdão e se perdoe, se necessário. Médicos, psiquiatras e psicólogos podem — e vão — ajudar nesse processo de mudança.
  • O acolhimento da família também é muito importante.

 

Problema on-line

Denominada por muitos de terra sem lei ou terra de ninguém, a internet deixa os usuários vulneráveis a críticas, xingamentos e até ameaças. Segundo a psiquiatra Laura Campos Egídio, assim como devemos nos atentar para o que assistimos, lemos e consumimos, também precisamos filtrar com quem interagimos on-line.

“As críticas, notícias ruins, xingamentos, sempre existiram, antes mesmo de a internet surgir. A questão é que tudo ficou mais rápido, viável e simples”, diz. “Você é o que come, o que lê e o que acompanha. Tudo isso é absorvido! Apenas filtre quem você segue”, complementa a médica, pós-graduada em psiquiatria.

A sugestão da psiquiatra é bloquear essa ou essas pessoas. Opiniões contrárias às suas sempre existirão e está tudo bem nisso. “Se for apenas críticas ou opiniões contrárias às suas, é válida uma autoavaliação.

Nesse caso, agradeça o feedback e reflita. A forma como encaramos as críticas também é muito importante.”

Para a médica, existem diversas explicações, teorias e motivos para essas atitudes horríveis nas redes sociais. “Por exemplo, são pessoas infelizes, com baixa autoestima, frágeis ou que sentem que os valores e opiniões foram violados e precisam ser defendidos.”

Laura conta que no seu perfil do Instagram sempre há seguidores reclamando de pessoas tóxicas na internet e na vida real. “Também já sofri críticas e comentários. Aprendi a bloquear. A cada comentário negativo, existem centenas de positivos.”

A terapeuta Mônica Maia, 43 anos, teve um relacionamento amoroso abusivo há sete anos. “Percebi que era tóxico, mas não queria acreditar.

Tinha medo de estar errada ou exagerando. Estava sempre justificando internamente os comportamentos dele”, diz. “Às vezes, banalizamos e ignoramos os nossos sentimentos e, principalmente, subjugarmos a nossa intuição.”

Ela relata como era o comportamento da pessoa. “Elogiava meu trabalho, minhas conquistas, mas, em outro momento, colocava em dúvida a minha competência e capacidade. Falava que eu era chata e ninguém me suportava.

Invalidava a minha imagem, demonstrava desprezo, mas, em seguida, arrependia-se. Falava mal dos meus comportamentos e dizia que era para o meu bem; fazia parecer que não seria nada sem ele.”

Mônica sempre foi independente, mas, nessa relação, não se percebia assim. “Eu me sentia burra, ignorante, humilhada e envergonhada. Escondia dos outros, pois não podia demonstrar fraqueza”, afirma.

Questionava-se como uma mulher estudada e culta poderia se deixar levar por um homem tóxico. “Era quase inadmissível saber o que era um relacionamento assim e assumir que estava em um. Você se desequilibra a ponto de pensar que tudo de errado que o outro fez foi culpa sua.”

Depois de uma traição, ela conseguiu abrir os olhos. “Entrei em depressão e fiz terapias, pois, mesmo depois do término, continuei sofrendo ações tóxicas por parte dele. Também me fechei para outros relacionamentos.”

 


 

Fonte: Correio Braziliense




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Mitomania: como reconhecer uma pessoa que tem compulsão por mentir

Para além das brincadeiras tradicionais de 1º de abril, o hábito de mentir cotidianamente pode constituir um distúrbio psicológico

Em 1º de abril é comemorado o Dia da Mentira. A data é dedicada a brincadeiras divertidas (ou nem tanto) entre amigos e familiares. No entanto, quando alguém cultiva o hábito de contar histórias fantasiosas é necessário investigar se não se trata de um caso de mitomania – transtorno psicológico em que a pessoa possui uma tendência compulsiva por mentir.

Uma das grandes diferenças do mentiroso esporádico ou tradicional para o mitômano, é que, no primeiro caso, a pessoa mente para ter proveito ou tirar vantagem em alguma situação, enquanto o mitômano mente com o objetivo de aliviar alguma dor psicológica.

Nos casos de mitomania, o ato de mentir é praticado para que a pessoa se sinta confortável com a própria vida, pareça mais interessante ou tenha assuntos que se encaixem em um grupo social na qual ela não se sente capaz de entrar. O problema, frequentemente, prejudica a vida de quem o apresenta, pois sentimentos de culpa e vergonha por enganar os outros ou de medo em ser descoberto são constantes.

“A mitomania é muito mais praticada pela classificação de pessoas psicopatas do que necessariamente pelas pessoas com veemência mental neuróticas. É uma condição orgânica e por isso de ordem psiquiátrica, mas constante e perene. Envolve frieza na mentira, adulação, bajulação e falsidade, onde todas são integralmente intencionais”, afirma o psicólogo Alexander Bez.

Para perceber se uma pessoa é mitômana, é possível observar alguns sinais como: o mitômano sente culpa ou medo de ser descoberto; as histórias tendem a ser muito felizes ou muito tristes; conta grandes casos sem motivo aparente ou ganho; respondem de forma elaborada a perguntas rápidas; fazem descrições extremamente detalhadas dos fatos; as histórias o fazem parecer herói ou a vítima e, muitas vezes, repetem versões diferentes das mesmas histórias.

O tratamento da mitomania é feito por meio de sessões psiquiátricas e psicológicas, nas quais o profissional que acompanha o caso ajuda a pessoa a entender quais são os motivos que levam à criação das mentiras. Busca-se esclarecer e entender o porquê desta vontade surgir para que o paciente possa iniciar uma mudança de hábitos. Em alguns casos, cabe também cabe o tratamento com antidepressivos e ansiolíticos.


Fonte: Metropoles

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Como a terapia de casal pode ajudar

Está com problemas no amor? Esqueça aquela história de que “em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”

Veja como a Terapia de Casal pode ajudar a melhorar seu relacionamento!

A vida não é como um comercial de margarina. Cada novo ciclo na rotina de um casal é um prato cheio para uma crise, e uma boa conversa nem sempre é capaz de solucionar todos os conflitos. Por isso, a ajuda especializada pode ser a solução para melhorar a relação – ou terminá-la de vez.

Embora a principal função do terapeuta seja facilitar a comunicação entre o casal, é comum que problemas de dinheiro, traição, criação de filhos e descontentamento sexual levem muita gente a buscar a terapia. E a maioria deixa para pedir ajuda quando a bomba está prestes a estourar. Quem afirma é a terapeuta de família e casal Clarissa Trindade Sant´Anna.

– São poucos que procuram em momento de prevenção, ou quando está iniciando o conflito – explica ela.

A diminuição da admiração e sobretudo do desejo sexual foram os motivos que levaram a secretária-executiva de 59 anos que pediu para não ser identificada a querer dar fim a um casamento de 24 anos. Na época com 45, ela se sentia realizada como profissional, mãe e dona de casa, mas estava longe de se sentir feliz na cama. Decidida pela separação, começou a fazer terapia para tentar tornar menos amargo o sabor do fim.

– Quando ele se deu conta de que não tinha mais jeito, que eu já estava certa do que queria, parou de ir nas consultas – comenta.

O episódio a fez perceber que sua iniciativa pode ter sido tardia:

– Tem de buscar ajuda quando o sentimento começa a mudar – afirma.

No caso dos dentistas Aline, 27, e Rafael Altmann, 32, a história foi outra. Eles começaram a terapia individualmente, cada um por causa própria, até que seus psicólogos recomendaram que consultassem juntos. Iniciaram o tratamento em julho passado. Para a Aline, foi natural falar sobre o relacionamento, pois ela já tinha vínculo com a psicóloga.

Rafael também não teve muito receio: sendo da área da saúde, entendia que o psicólogo era um profissional capaz de fazer diagnósticos e trazer soluções pontuais.

 

Comunicação mais eficiente após seis meses

De cara, esse entendimento facilitou o trabalho dos terapeutas (o casal é atendido por uma dupla de psicólogos, um homem e uma mulher), e instaurou um clima de descontração, fazendo cada sessão parecer um bate-papo entre amigos. Seis meses de sessões conjuntas já fizeram a dupla acreditar que sua comunicação está mais eficiente. Ela está falando mais sobre as situações do cotidiano que antes guardava para si. Ele está procurando não ser tão ríspido em situações desagradáveis.

Questionados sobre a dica que dariam para quem pensa em fazer terapia de casal, eles brincam com a situação:

– É bom saber se o psicólogo atende pelo convênio e o preço da consulta (risos). E é preciso pensar sobre as queixas que serão discutidas – complementam.

 

Quando eles puxam a frente

A mudança da posição da mulher no mercado de trabalho influenciou para que se modificassem muito as relações familiares e amorosas. Segundo Helena Centeno Hintz, psicóloga do Domus – Centro Terapia de Casal e Família, o fato de a mulher trabalhar fora e ser, muitas vezes, a provedora do lar, deixou os homens mais comprometidos na divisão das tarefas domésticas. Isso exigiu deles a tomada de atitude e novas posições dentro da família.

– Na terapia, não se retoma a vida que se tinha no início do casamento, por exemplo. Mas é possível encontrar novas formas de se relacionar. Pode-se mudar os objetivos, diminuir as incomodações – afirma Helena.

Foi assim que o casal Caciano Marques, 31, e Daiana Petroli, 29, conseguiu reencontrar o equilíbrio que buscava: eles adotaram novas estratégias para resolver velhos problemas. Estavam vendo a relação desmoronar por falta de diálogo. E não era por menos: depois de ter a primeira filha, Daiana entrou em uma crise depressiva da qual não conseguia sair. Só tinha vontade de dormir, não conversava, estava sem iniciativa. Arrastada pelo marido até o consultório das terapeutas Patrícia Vidal e Clarissa Carvalho, ela aceitou na marra participar das sessões de terapia. Era isso ou correr o risco de perder o amor de sua vida.

– Eu queria ficar com ele, queria salvar nosso casamento, mas estava totalmente sem condições de cuidar de mim, quem dirá dele.

Conforme o tempo foi passando, Daiana foi se abrindo para o tratamento. Aceitou fazer terapia individual também, passou a administrar as questões que atrapalhavam sua autoestima e, por consequência, foi recuperando a alegria. No andamento, conseguiu ajustar aspectos do comportamento dele que também lhe desagradavam. Os primeiros passos, as terapeutas fazem questão de relembrar:

– Ela trocou as lágrimas por sorrisos, está se arrumando mais, está se reorganizando. Esse ano, eles tiraram as primeiras férias juntos e trocaram alianças – dizem, orgulhosas, Clarissa e Daiana.

 

 HORA DE AJUDA

 

NASCIMENTO DE FILHOS

Mudanças na estrutura familiar podem abalar as relações. A chegada do primeiro filho, por exemplo, costuma impactar a vida a dois. Neste período, muitos casais deixam de lado a relação em nome da prole. A dica é procurar ajuda aos primeiros sinais de conflito.

 

SEXO RUIM OU INEXISTENTE

A falta de satisfação sexual com o parceiro(a) é uma das queixas mais recorrentes na terapia de casal. Muitas vezes, essa é apenas a ponta do iceberg. A perda de intimidade ou a diminuição do desejo podem ser armadilhas pregadas pela rotina e pela acomodação.

 

 PROBLEMAS FINANCEIROS

É comum que falta de dinheiro, dívidas, desemprego ou insatisfação profissional respinguem nos relacionamentos. Pare para pensar se a reorganização emocional não ajudará a colocar as finanças também em dia.

 

 DIVÓRCIO

Separação representa perda, e geralmente é dolorida para um dos lados, pelo menos. Fazer terapia pode tornar menos traumático esse período e evitar desentendimentos.

 

 TRAIÇÃO

Conversas e troca de mensagens por redes sociais e aplicativos de comunicação muitas vezes abalam a confiança e comprometem a cumplicidade de um casal. Nem sempre a terapia ajuda a perdoar, mas a proposta é fazer com que os casais vivam menos em luta e mais realizados com as suas escolhas.

Fonte: Helena Centeno Hintz, psicóloga do Domus – Centro Terapia de Casal e Família, e Clarissa Trindade Sant´Anna, Patrícia Vidal e Clarissa Carvalho, terapeutas de família e casal

 

HISTÓRIAS DE CINEMA

O que assistir sobre terapia de casal

Divã para dois

Kay (Meryl Streep) e Arnold Soames (Tommy Lee Jones) estão casados há 30 anos. O relacionamento entre eles caiu na rotina e há tempos não tem algum tipo de romantismo. Querendo mudar a situação, Kay agenda para ambos um fim de semana de aconselhamento com o dr. Feld (Steve Carell), que passa a lhes dar conselhos sobre como reavivar a chama da paixão.

 

A História de Nós Dois

Após 15 anos o casamento de Ben (Bruce Willis) e Katie Jordan (Michelle Pfeiffer) entra em crise. Assim, eles se separam na mesma época em que seus filhos Josh (Jake Sandvig), de 12 anos, e Erin (Colleen Rennison), de 10, estão em um acampamento de verão. Separados, cada um tenta recomeçar sua vida em cantos neutros, aproveitando o período para avaliar e refletir sobre a vida que tiveram juntos, com seus altos e baixos, e tentam concluir se ainda há algo de sólido nesta relação que permita uma reaproximação.

 

Sr. e Sra. Smith

Jane e John Smith, interpretados por Brad Pitt e Angelina Jolie, contam detalhes explosivos de sua vida. Vítimas de amor à primeira vista, os dois vivem numa casa cinematográfica. Mas a paixão já não é mais a mesma _ situação que dura até serem contratados para uma mesma missão secreta que poderá reacender a chama dessa paixão.

 

Websérie Porta dos Fundos _ Sessão de Terapia

O casal de atores e roteiristas Gregório Duvivier e Clarisse Falcão participa de uma sessão de terapia para falar sobre problemas conjugais. Com humor e sarcasmo, eles remetem a questões da história para explicar seus problemas de relacionamento.

 



Fonte: GZH


 

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CRESCIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL

O Psicólogo e o Crescimento Pessoal e Profissional

As pessoas se deparam em seu cotidiano com uma mistura, muitas vezes imprevisível, de alegria, tristeza, decepção, frustração, dúvida e várias outras emoções.

Elas desejam mudar e afastar as coisas que as incomodam ou que atrapalham seu crescimento pessoal ou profissional. Por exemplo, a pessoa que é tímida pode querer ser mais extrovertido. Já o procrastinador gostaria que suas tarefas não fossem mais adiadas por ele mesmo. E a pessoa que está triste quer ficar alegre e mais otimista.

Mudar a sua personalidade pode ser difícil, mas o que fazer? Você pode mudar o seu comportamento com foco ao crescimento pessoal ou crescimento profissional.

Nunca é tarde demais para fazer o que você quer fazer. Com um pouco de foco e ajuda de um psicólogo você pode romper velhos padrões e buscar ser aquilo que você quer ser.


 

Psicólogos que podem lhe ajudar no Crescimento Pessoal e Profissional

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Psiquiatras alertam para ‘tsunami’ de problemas de saúde mental em meio ao isolamento


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