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Quando a mente fabrica a doença


Quase todos nós aceitamos sem problemas que o coração bata com mais força quando nos aproximamos da pessoa por quem estamos apaixonados, ou que as nossas pernas tremam quando é preciso falar em público. São emoções que provocam sintomas físicos reais. Entretanto, custa aceitar que os mesmos pensamentos que causam um frio na barriga cheguem a desencadear doenças graves, como cegueira, convulsões ou paralisias. E, no entanto, é justamente isso que descreve a neurologista Suzanne O’Sullivan no livro It’s All in Your Head (está tudo na sua cabeça, na tradução literal, ainda inédito no Brasil), no qual revê alguns dos casos mais impactantes de doenças psicossomáticas com os quais se deparou ao longo da carreira.

Certa vez, O’Sullivan teve uma paciente, chamada Linda, que percebeu um pequeno inchaço no lado direito da cabeça. Era só um cisto sebáceo, mas ela não parava de fazer exames e consultas. Pouco depois, perdeu a sensibilidade do braço e da perna direitos; a paciente tinha certeza de que o inchaço havia atingido o cérebro. Quando O’Sullivan a examinou, todo o lado direito do corpo – o mesmo onde estava o caroço – já havia perdido o movimento e a sensibilidade. Só que Linda não sabia que o lado direito do cérebro na verdade controla os movimentos do lado esquerdo do corpo, e por isso sua mente se enganou ao criar os sintomas. Linda, na verdade, sofria de um transtorno psicossomático – seus pensamentos desencadeavam sintomas de uma doença inexistente.

Quando O’Sullivan estava se especializando em neurologia, foi ensinada a distinguir os doentes que tinham sintomas físicos causados por conflitos mentais. “Todos os meus pacientes tinham convulsões, mas em 70% dos casos não sofriam de epilepsia: por mais que fossem examinados, não encontrávamos nenhuma lesão ou causa neurológica que explicasse seus sintomas. Tinha de ser algo psicológico.” Mas mandar os pacientes para casa com o diagnóstico que não eram epiléticos não servia de consolo, de modo que a médica se sentiu obrigada a encontrar uma maneira de ajudá-los.

Em 2004 ela começou a agir, e desde então, quando encontra um paciente com sintomas, mas sem lesões neurológicas, tenta lhe explicar que a origem dos seus males é um problema psicológico mal resolvido. Geralmente, porém, os pacientes se negam a aceitar esse diagnóstico. “Eles têm um estresse mental do qual não estão conscientes, e alguém está obrigando-os a encará-lo”, diz a médica. “Esses sintomas são uma manifestação do organismo: seu organismo está lhe dizendo que algo não vai bem dentro de você, e que você não está percebendo.”

 Ninguém está a salvo dessas doenças, e há centenas de causas que as originam. Segundo O’Sullivan, os casos muito extremos, como as convulsões ou paralisias, costumam nascer de traumas psicológicos severos; os menos graves podem surgir de um amontoado de pequenos esgotamentos que os pacientes não sabem administrar. “Depende da atenção que a pessoa presta às dores. Se ficarem obcecadas e buscarem repetidamente uma explicação médica que não existe, é possível que acabem desenvolvendo a doença psicossomática”, explica O’Sullivan.

Para se curar, o acompanhamento psicológico é indispensável. Segundo O’Sullivan, a primeira coisa a fazer é abandonar a ideia de que há uma enfermidade orgânica. A seguinte etapa é ver como a mente afeta o corpo: se você sente palpitações e nota que está ansioso, elas começarão a parecer muito menos graves, já que você conhece as causas. Mas, se associa essas palpitações a problemas cardíacos, e os exames médicos não comprovam isso, você provavelmente ficará obcecado, e as palpitações irão piorar.

“Às vezes, os pacientes desejam desesperadamente que você encontre um resultado ruim nos exames, que dê um nome para sua doença e receite alguns comprimidos que justifiquem suas dores”, conta a neurologista. Esse problema é muito mais comum do que se imagina. Cerca de 30% das pessoas sofrem disso, e a imensa maioria nem sequer fica sabendo.

Após mais de dez anos de dedicação às enfermidades psicossomáticas, Suzanne O’Sullivan continua sem saber apontar o caso mais grave que viu. “Os casos mais duros são os de pessoas que adoeceram quando tinham 16 anos e, aos 50, continuam indo a médicos. Estão cegos ou em cadeira de rodas e continuam se submetendo a operações. Conheço pessoas que comem por um tubo, mas não têm nenhuma doença orgânica. Todas as partes do seu organismo foram afetadas por sua mente”, relata. Nada mais surpreende essa neurologista. “As incapacidades que criamos com nossa mente são tão infinitas que já deixei de acreditar nos limites”, diz.


Fonte: Psicologias do Brasil - Por Mª VICTORIA S. NADAL

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Você conhece as diferenças entre um psicopata e um sociopata?


Sejamos sinceros: quem nunca chamou alguma vez seu vizinho, companheiro de classe, colega ou ex-namorado de psicopata ou sociopata? E até mesmo, se a discussão for grande… o namorado atual. Normalmente utilizamos os termos psicopata ou sociopata de forma intercambiável, para nos referirmos a uma pessoa que se afasta das normas sociais, age sem escrúpulos, carece de empatia ou, simplesmente, é uma manipuladora nata…

Entretanto, sabemos quais são as verdadeiras diferenças entre um psicopata e um sociopata? Em seguida, uma pequena dissecação de ambos os perfis nos ajudará a utilizá-los com propriedade e também a determinar se a pessoa em quem estamos pensando se encaixa em algum deles ou se, simplesmente, é pouco sociável.

Pontos em comum e diferenças

A ligação dos dois padrões está situada no comportamento antissocial. No entanto, apesar de todos os psicopatas poderem ser diagnosticados com um transtorno de personalidade antissocial, isso não acontece do mesmo jeito ao contrário.

A principal diferença seria a fonte desse padrão de comportamento. Falamos sobre uma alteração de comportamento causada por uma lesão cerebral ou um trauma de infância no caso dos sociopatas, ou de um tipo de personalidade produto da genética do indivíduo no caso dos psicopatas.

Neste sentido, segundo explica o geneticista David Lykken, a personalidade do psicopata seria a consequência de um subdesenvolvimento da parte do cérebro que controla impulsos e emoções.

 

Principais características do psicopata

Não se pode designar o psicopata como um doente mental, uma vez que ele é o ator principal das suas ações, e não apenas um espectador que ignora o que faz. Ou seja, o psicopata age sob a sua responsabilidade, discernindo suas ações e sem sentir desconforto ou qualquer interferência na sua vida cotidiana.

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Garrido Genovés (2000) em seu livro El psicópata aponta as principais características deste tipo de personalidade.

Com respeito à área emocional e interpessoal:
  • Fazem alarde de entusiasmo e charme superficial.
  • São egocêntricos, com um grandioso senso de autoestima.
  • Não experimentam remorso e/ou sentimento de culpa.
  • Têm uma grande falta de empatia com tendência à mentira e à manipulação.

E, com respeito ao estilo de vida:

  • São impulsivos.
  • Seu controle de comportamento é pobre.
  • Precisam de uma excitação contínua (só respondem a estímulos poderosos).
  • Não têm sentido de responsabilidade.
  • Sofrem problemas precoces de comportamento.

Por outro lado, relatórios forenses indicam algumas outras características: alta autoestima, meticulosidade, perfeccionismo, rigidez e teimosia. Em poucas palavras, poderíamos afirmar que o psicopata vê o ser humano como um instrumento para alcançar seus fins, sem envolver-se emocionalmente.

Desta maneira, e por mais estranho que pareça, os psicopatas comumente são bem-educados, com relações e trabalhos estáveis. Daqui vêm as típicas declarações dos vizinhos que, após se darem conta de que o vizinho do quinto andar é um assassino em série, declaram que “sempre me cumprimentava no elevador”.

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Por outro lado, é muito difícil para os psicopatas compreenderem as experiências emocionais devido a sua dificuldade para integrar os pensamentos e as emoções, Assim, podem identificar sentimentos e chamá-los pelo nome, mas não experimentá-los. Colocando em outras palavras, são capazes de compreendê-los intelectualmente, até mesmo simulá-los, porque aprenderam que uma situação costuma gerar um determinado sentimento, mas, para eles, não são “motores de ação naturais”.

Como é uma pessoa sociopata?

Os especialistas explicam que a sociopatia não se trata de uma doença psiquiátrica no sentido estrito do termo. Segundo o médico psiquiatra Jose A. Posada, estima-se que pelo menos 3% dos homens e 1% das mulheres possuem em seu perfil de personalidade características sociopatas.

A sociopatia se refere a uma série de padrões de comportamento considerados antissociais e/ou criminais pela maioria da sociedade, mas avaliadas como normais – e até mesmo necessárias – pela subcultura do entorno social no qual vivem.

Ao contrário dos psicopatas, os sociopatas podem dispor de uma consciência bem desenvolvida e boa capacidade para a empatia, a culpa e lealdade com alguns indivíduos em particular, mas seu sentido do que está certo ou errado se baseia nas normas e nas expectativas do seu grupo.

Jose A. Posada enumera como algumas das suas principais características:

  • É amoral, impulsivo e irresponsável.
  • Tem incapacidade para amar.
  • Sem um projeto de vida.
  • Não sentem vergonha nem aprendem com as experiências passadas.
  • Suas reações afetivas são pobres ou inadequadas.
  • Têm uma vida sexual mal integrada e/ou práticas sexuais desviadas.
  • Frequentemente manipula, mente, rouba e burla.
  • Pode agredir física e psicologicamente. 
  • Faz uso do álcool ou de drogas.

Outros estudos indicam que os sociopatas tendem a ser nervosos e se alteram com facilidade. Além disso, costumam viver e trabalhar sozinhos, devido a sua dificuldade para se adaptar ao trabalho em equipe e permanecer em um só lugar.

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Quando tomam a decisão de cometer um delito, os psicopatas planejam cuidadosamente cada detalhe. Ted Bundy seria um bom exemplo do assassino em série psicopata e organizado. Por outro lado, a maioria dos crimes cometidos por sociopatas tende a ter um perfil desorganizado e espontâneo.

Conclusões

A psicopatia significa que o indivíduo não tem empatia nem sentido de moral. Sociopatia é um indicativo de que o sujeito tem sentido de moral e uma consciência bem desenvolvida, ainda que sua classificação do bem e do mal seja particular.

Os sociopatas são capazes de sentir conexão emocional somente com alguns indivíduos em particular, como um familiar ou amigo, e apenas em contextos específicos. Os psicopatas, por outro lado, simplesmente são incapazes de empatizar e formar laços emocionais reais com alguém. Precisamente, a capacidade dos psicopatas para imitar de forma efetiva a conexão emocional os torna particularmente perigosos, já que conseguem cometer seus crimes com grande sucesso.


Fonte: A Mente é Maravilhosa


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Suicídio mata mais que homicídio e desastres


Casos de suicídio superam todos os assassinatos e desastres naturais – e crise econômica global aumenta o número de pessoas se matando


Segundo uma estimativa da Organização Mundial da Saúde, 883 mil pessoas se matam no mundo a cada ano. É mais gente do que todos os mortos em guerras, vítimas de homicídios e desastres naturais – coisas que, somadas, tiram 669 mil vidas por ano. E um novo estudo indica que o ritmo dos suicídios está se acelerando. A Universidade de Oxford estudou os efeitos da crise econômica global, que começou em 2008, sobre as taxas de suicídio nos EUA, no Canadá e na Europa. Em todos os casos, elas apresentaram crescimento: de 4,8%, 4,5% e 6,5%, respectivamente. Os suicídios no mundo já vinham aumentando (o número global de casos cresceu 60% desde a década de 1970), mas agora assumiram um ritmo mais intenso.

A crise econômica não é o único fator envolvido. Em 2010, pela primeira vez na história, a maioria da humanidade passou a viver em cidades – onde há mais estresse e mais pressão para ser bem-sucedido. Ao mesmo tempo, as pessoas nunca estiveram tão sós: segundo um estudo feito nos EUA, 40% dos adultos se consideram solitários (o dobro da década de 1980). E isso pode estar impulsionando a depressão e as tentativas de tirar a própria vida. “Quanto maiores os laços sociais em uma cultura, menores as taxas de suicídio”, afirma o psiquiatra Humberto Corrêa, especializado em suicídio.

A família e os amigos nem sempre percebem que a pessoa está pensando em se matar. Mas uma nova técnica promete apontar o risco de suicídio com antecedência, por meio de um simples exame de sangue – que mede os níveis de dois genes relacionados à intenção de se matar. O exame foi criado para uso militar e ainda está em fase de testes.


Fonte: Super Interessante


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7 Graves efeitos de não dormir o suficiente


A falta de sono pode fazer com que aumentem os níveis de hormônios que regulam o apetite e com que seja mais difícil obter uma sensação de saciedade, o que pode causar o ganho de peso.


Sabemos que, quando não dormimos bem, nos sentimos cansados, lentos e com dificuldade de concentração no dia seguinte. Além disso, também costumamos observar uma queda significativa na nossa produtividade. Entretanto, não dormir o suficiente pode causar vários outros efeitos em nosso organismo, que podem prejudicar seriamente a nossa saúde.

Uma noite mal dormida não vai causar grandes mudanças, mas estudos mostram que sete dias seguidos dormindo pouco (cerca de 6 horas ou menos de sono) já podem desencadear mudanças genéticas que aumentam o risco de desenvolvimento de algumas doenças.

A seguir, vamos falar sobre 7 dos principais efeitos graves que podem ser causados pela falta de sono. Para evitá-los, tente dormir entre 7 e 9 horas por noite, e se não conseguir dormir bem em um dia, compense no dia seguinte sempre que possível,  ou então nos finais de semana.

não dormir pode causar sérios danos a saúde

Os perigos de não dormir o suficiente

1. Aumento do risco de sofrer um derrame

O risco de derrame está associado a fatores genéticos e à obesidade, mas também pode ser influenciado pela falta de sono. Um estudo recente mostrou que pessoas que dormem menos de 6 horas por noite regularmente possuem um risco 4 vezes maior de sofrer com os sintomas de um derrame. Isso provavelmente ocorre, pois dormir pouco pode aumentar a pressão sanguínea e contribuir para a obesidade, dois fatores de risco para o derrame.

2. Aumento do risco de diabetes

não dormir direito pode aumentar o risco de desenvolver a diabetes

A falta de sono pode ser um dos fatores determinantes para o risco de desenvolver o diabetes do tipo II. Isso ocorre, pois esta condição aumenta a resistência à insulina, fazendo com que o organismo não consiga usá-la de forma adequada. Além disso, quando estamos cansados e com sono, temos uma tendência a comer mais, principalmente alimentos ricos em açúcar que podem aumentar seu nível no sangue.

3. Aumenta o risco de doenças cardíacas

O sono possui um papel crucial na habilidade do organismo de reparar e curar as artérias e o coração. Com isso, as noites mal dormidas aumentam o risco de desenvolvermos doenças cardiovasculares crônicas, já que podem ser produzidos mais hormônios e substâncias químicas que levam ao incremento da pressão arterial.

Um estudo observou inclusive que, no caso de pessoas que sofrem com a hipertensão, uma noite sem dormir o suficiente pode causar um aumento relevante na pressão durante todo o dia seguinte.

4. Pode levar à obesidade

Foram encontradas evidências de que a falta de sono pode causar alterações hormonais que influenciam nossas escolhas alimentares, podendo nos direcionar no caminho do sobrepeso e da obesidade. Dormir 6 horas ou menos por noite aumenta a produção do hormônio grelina, que é responsável pela nossa sensação de fome, e diminui a produção de leptina, o hormônio da saciedade. Com mais fome e nos sentindo menos satisfeitos, temos uma tendência muito maior a comer mais e ganhar peso com o tempo.

5. Reduz os níveis de imunidade

Quando estamos dormindo, o sistema imunológico produz anticorpos que protegem nosso organismo e lutam contra infecções, vírus e bactérias. Dessa forma, se dormimos mal, não daremos ao corpo a chance de se fortalecer, e ficaremos mais suscetíveis a sofrer com este tipo de problema. Também teremos menos energia para nos recuperarmos quando efetivamente contrairmos alguma doença.

6. Aumenta o risco de câncer

não dormir direito aumenta o risco de desenvolver câncer

Alguns estudos vêm investigando a relação entre o câncer e o sono. Foram encontradas evidências de que não dormir o suficiente pode aumentar o risco de alguns tipos desta terrível doença, como o câncer colorretal, já que os pólipos costumam aparecer com mais frequência em pessoas que dormem menos de 6 horas por noite regularmente.

Também foram encontradas possíveis associações da falta de sono com o risco de desenvolvimento do câncer de mama.

7. Reduz a longevidade

Pode até parecer um pouco radical, mas um estudo relacionando a mortalidade e as horas de sono dormidas por noite identificou que, em média, pessoas que dormem pouco (menos de 6 horas por dia) costumam morrer antes do que quem dorme cerca de 7 horas por noite, independentemente de qual for a causa. Este último efeito devastador provavelmente está muito relacionado com o fato de que a falta de sono aumenta o risco de diversas doenças, e pode causar todos os efeitos terríveis que listamos anteriormente.

Por isso, a partir de hoje, dedique um esforço extra para dormir bem durante a noite, já que estas horas extras de sono podem ser fundamentais para a saúde e o bem estar físico e mental.


Fonte: Melhor com Saúde


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10 Sintomas do Esgotamento Emocional


Este vídeo trata de um tema importante e atual, o esgotamento emocional.

Os sintomas físicos do esgotamento emocional devem sempre receber atenção profissional e o tratamento deve ser seguido.


FonteO Segredo

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Despertar no meio da madrugada pode indicar que hormônio do estresse está alto

 Acordar no meio da noite, interrompendo o sono mais profundo que acontece entre 3h e 4h da madrugada, pode significar que seu hormônio do estresse está alto. O estresse destrói células responsáveis pela aquisição e recuperação de memórias. Durante períodos prolongados de estresse, várias substâncias químicas são liberadas no organismo, como o hormônio cortisol, que age negativamente no hipocampo, estrutura do cérebro fundamental para os processos associados à memória e produtividade.

“Além de interromper o melhor dos sonhos, aumenta retenção de líquidos, glicemia, dentre outros maléficos. Se essa situação de estresse se prolongar muito, as glândulas que produzem o hormônio podem entrar em falência, causando um cansaço imenso e metabolismo lento”, explica a especialista Flávia Cyfer. A nutricionista funcional de lindas e famosas como a Fê Paes Leme, além de autora de diversos artigos, também publica receitas infalíveis de detox no seu perfil do Instagram, e presta consultoria a muitas revistas, jornais e programas de televisão.

Alimentação e suplementação específica podem resolver este problema. Mas também existem outras dicas que tendem a reduzir a produção de cortisol, principalmente, se adotadas perto da hora de dormir. Veja algumas delas:

Dicas para dormir melhor

Relaxe e respire
O sono é muito importante para a absorção de conteúdo, desenvolvimento da memória e do aprendizado. Ele só será satisfatório quando for relaxante, sem resquícios de preocupação. Baixe o ritmo quando estiver na hora de ir para cama. Deixe as preocupações de lado e tente respirar fundo. A atitude, além de reduzir a produção de cortisol, pode trazer benefícios imediatos na função imunológica e metabólica.

Claro e escuro
A luminosidade afeta diretamente o nosso relógio biológico. Hábitos como dormir com a televisão ligada, por exemplo, podem prejudicar a qualidade do descanso. Isso porque a produção de melatonina, um neuro-hormônio que tem como principal função regular o sono, acontece em maior escala no escuro.

Banana e ovo
Além de ser uma grande fonte de vitaminas como o complexo B, B6 e magnésio, a banana tem um papel importante na produção de serotonina, hormônio que vai lhe deixar relaxado. O ovo é rico em vitamina B12 e em colina, substância que está associada à melhora da depressão.

Semente de gergelim e aveia
Rico em vitamina B6, o gergelim é fundamental para conversão do triptofano em serotonina. Aveia também é rica em triptofano, que ajuda também a manter um sono contínuo.

Arroz integral e linhaça
O primeiro é fonte de carboidrato de boa qualidade, que também é importante para regulação de serotonina e melatonina. Uma dieta pobre em carboidrato pode prejudicar essa produção. Já a linhaça é cheia de ômega 3, que ajuda na regulação dos neurotransmissores. Ou seja, a linhaça melhora não só o sono, mas o humor, a ansiedade, a irritabilidade e a depressão, além de ser um poderoso anti-inflamatório.

Couve e maracujá
A verdura é essencial para ajudar no sono e no relaxamento muscular. Uma boa dica é fazer cubos de gelo de suco de couve concentrado. Como o maracujá tem efeito calmante e pode auxiliar no relaxamento antes de dormir, aposte na combinação do suco da fruta com as pedrinha de gelo verde!

 


Fonte: por Jaqueline Rodrigues - Vix

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Um monstro vem me ver: ele se chama ANSIEDADE


Há um monstro que vem me ver e não tem a intenção de me matar, mas quase me impede de viver. Um monstro que muda de forma e de posição no meu corpo. Umas vezes parece me fazer engasgar, outras vezes acelera o meu sistema nervoso, e outras me paralisa. É um monstro muito famoso, padecido e explicado. Ele se chama ansiedade.

O estado de alerta tem sido essencial para a nossa sobrevivência como espécie. No entanto, quando este estado de atenção, tensão e alerta se torna crônico, o resultado é uma PREOCUPAÇÃO constante, que habitualmente também se generaliza em tudo e em todos.

Essa preocupação nos faz ter consciência de tudo o que nos rodeia, mas de uma forma amplificada e distorcida. Já não distinguimos o que nos estressa daquilo que é simples. Tudo se amontoa em nossa mente e funciona com plena capacidade. Não para nos ocuparmos, mas para nos preocuparmos. É um monstro que nos domina porque não sabemos transformar sua raiva em energia, só em fraqueza.

De onde vem a ansiedade?

Quando a ansiedade se torna crônica e se transforma em um estado de preocupação perpétua, podemos falar do que se conhece em âmbito clínico como Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). Ela tem que estar presente durante pelo menos 6 meses e apresentar três ou mais sintomas, como agitação, irritabilidade, cansaço, dificuldade de concentração ou ter a mente em branco, tensão muscular e problemas de sono.

A ansiedade generalizada compartilha muitos sintomas com a depressão; ambos os transtornos apresentam um alto efeito negativo. No entanto, a depressão se caracteriza mais pelo sentimento de tristeza e a ansiedade por uma hiperatividade fisiológica contínua e uma sensação de incerteza e falta de ar. Qualquer mudança na rotina diária é percebida como um monstro ameaçador, pronto para atacar a nossa garganta.

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O TAG não parece ter um forte componente genético, mas parece ter um caráter crônico que se agrava com o estresse e vai flutuando em intensidade ao longo da vida. Sua principal característica definidora é a preocupação constante por aspectos da vida cotidiana. Sua presença é evidente – nos casos em que está presente – em torno dos 20 anos de idade, embora a sua comorbidade com outros sintomas ansiosos ou depressivos possa dificultar o diagnóstico.

 É muito mais frequente em mulheres, assim como a maior parte dos transtornos emocionais na vida adulta. Por sua vez, o transtorno se manifesta em um sistema triplo de resposta: o cognitivo, o motor e o emocional.

Esse monstro que conhecemos com perfeição

Muitas pessoas conhecem seus sintomas de cor, já que este transtorno costuma aparecer em pessoas com uma alta consciência sobre o que ocorre com elas, mesmo que não sejam capazes de tratá-lo e de melhorar a sintomatologia. Além disso, costumam descrever com perfeição como a ansiedade paralisa. A alexitimia não é uma característica predominante nestes pacientes, muito pelo contrário.

Eles sabem muito sobre a ansiedade, mas este transtorno parece não ter um tratamento suficientemente bem estabelecido e bem sucedido, mesmo sendo muito frequente na população. O tratamento costuma ser a terapia cognitivo-comportamental, como a de Dugas e Ladouceur (atualizada em 2007); a de Borkovec e Pinkus (2002) ou a de Brown e Barlow (1993).

Às vezes são utilizados medicamentos para potencializar sua eficácia, mas ATENÇÃO: a ansiedade prolongada nunca deve ser tratada com ansiolíticos no caso de utilizar medicamentos. Deve-se utilizar um antidepressivo ISRS como a paroxetina, embora os mais indicados sejam os antidepressivos duais, como a venlafaxina.

Um conto sobre a ansiedade e o mundo em que vivemos

Embora muitos pacientes conheçam bem os seus sintomas, a terapia vai ajudá-los a agir como cientistas diante dos seus próprios sintomas, como “gurus” na busca de sua própria regulação emocional. O psicólogo/a deverá colocar ao seu alcance as melhores técnicas para isso.

Uma boa ideia é que a pessoa com ansiedade crônica se faça perguntas reais acerca da sua existência e dos seus valores de vida. Às vezes é preciso fazer perguntas a este mundo, que parece criar e alimentar este monstro. Às vezes vale a pena nos convertermos em um pequeno relato para ver um sentido naquilo que percebemos como caos.

O que você deve ao mundo? O que esse monstro exige de você?

Lembre-se da sua infância. Lembre-se do quanto você era feliz porque pulava, corria e desfrutava sem ter que dar explicações a ninguém. Lembre-se de você saltando, se sujando e se despenteando, embriagado/a pela intensidade do momento. Não havia tempo para a preocupação, porque não existia o conceito de tempo mais além do que você estava vivendo. Mas logo chegaram as demandas e, com elas, a sensação de que você devia algo ao mundo.

Você começou a sentir que era mais importante ocultar aquilo que não ficaria bem aos olhos dos outros do que viver a verdadeira realidade ao seu redor. As demandas começaram a substituir os mergulhos. Os discursos que glorificam as crianças “com altas capacidades” pareciam ensurdecer os gritos que antes eram de alegria e espontaneidade. Ninguém soube lhe dizer que você nunca poderia assumir o controle de tudo.

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Ninguém lhe ensinou a continuar mantendo a chama da sua infância acesa enquanto construía uma identidade com novas responsabilidades. 

Ninguém soube explicar a diferença entre deveres e direitos, entre eles o de ser feliz sem se sentir culpado/a.

Neste momento, com este monstro te devorando cada vez mais, é hora de começar a exigir mais dele e menos de você. Pergunte para ele: o que eu devo a você, mundo, para me enviar este monstro? Talvez com essa pergunta você e muitas pessoas entendam que por mais que ele exija de nós, não podemos dar nada para o mundo se não formos capazes de desfrutar o fato de estar vivendo nele.

Você não vai decepcionar ninguém, você também não pediu permissão para estar aqui. Esqueça tantas demandas e volte a reivindicar os seus direitos. Volte a se sujar, sem se preocupar se o mundo vai ficar chateado por isso. Cumprimente esse monstro e, mesmo se ele parecer vir com força às vezes, mostre a ele com as suas ações que a única coisa que você tem para ele é aquilo que você não é capaz de dar para si mesmo/a.


Fonte: A Mente é Maravilhosa




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