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Como a atividade cerebral impacta o TDAH

Ana e Carlos se conheceram na escola e desde cedo perceberam afinidades que iam do gosto pela música aos passeios com seus cães. Tudo parecia mais que perfeito na vida dos jovens, que logo se apaixonaram e decidiram casar. Ana até se divertia com as distrações frequentes de Carlos, os esquecimentos, algumas atitudes impulsivas que quase sempre resultavam em algum desastre. Ela também admirava seu lado criativo, que logo se transformou em uma profissão de sucesso, com prêmios e viagens ao exterior.

Mas a rotina de Carlos era bem diferente do mundo todo organizado que ela fazia questão de manter, com cada coisa no seu lugar, tudo anotado na agenda e cumprido na hora certa, despesas compatíveis com o orçamento, cardápio da semana, roupas guardadas no armário. Enfim, uma vida a dois que parecia quase perfeita para quem via os dois sempre apaixonados e envolvidos com as mesmas causas e diversões.

Mas, dentro da casa deles uma verdadeira batalha de cérebros estava o tempo todo colocando à prova todo esse amor. Alguém sobreviveria? Todo dia Carlos saia atrasado porque tinha perdido a chave do carro, o carregador do celular, ou o tênis novo que tinha comprado para trabalhar. Por outro lado, Ana estava cansada de controlar as contas da casa, que acabou assumindo porque quando Carlos saia para pagar, perdia o boleto no caminho do banco.

 

Como uma pessoa cujo cérebro funciona como um relógio suíço pode entender a outra com diferenças cerebrais que determinam comportamentos impulsivos e desatentos?

 

O que acontece no cérebro de uma pessoa que tem TDAH

Que mundo perfeito esse onde cada coisa deve estar no seu lugar! E que mundo estranho esse onde as coisas se perdem num vácuo de esquecimentos e distrações! São exatamente essas diferenças entre o cérebro normal e o cérebro dos portadores de TDAH que acabaram de ser comprovadas por uma pesquisa científica, publicada em fevereiro de 2017, pelo The Lancet. As novas descobertas podem ajudar, e muito, a entender os comportamentos das crianças, jovens e adultos que sofrem com críticas e outras dificuldades de relacionamento, quando deveriam ser apoiados para vencer as diferenças cerebrais.

A pesquisa¹ comprova que o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade – TDAH, está associado ao atraso no desenvolvimento de cinco regiões do cérebro e, portanto, deve ser considerado um distúrbio do cérebro.

Este foi o maior estudo baseado em imagens de crianças e adultos com e sem TDAH e seus resultados ajudam a melhorar a compreensão da doença, inclusive sobre sua evolução ao longo da vida, porque as maiores diferenças foram observadas em crianças.

Sempre comparando imagens de atividade cerebral de pessoas com e sem os sintomas de TDAH, a pesquisa revela que as diferenças foram mais significativas nos cérebros das crianças com TDAH e menos óbvias em adultos com o transtorno. Com os dados levantados, os pesquisadores sugerem que os atrasos no desenvolvimento de várias regiões do cérebro são característicos do TDAH e, portanto, o transtorno seria um distúrbio do cérebro.

Estudos anteriores já haviam comprovado a ligação entre o TDAH e o núcleo caudado e puttamen, mas agora os pesquisadores concluíram que outras áreas também estão associadas ao transtorno. Como a amígdala por exemplo, que regula a emoção, o accumbens, associado com a motivação e problemas emocionais, além do hipocampo, que pode agir através do seu envolvimento na motivação e emoção.

Entre as principais descobertas² destacam-se algumas revelações que podem ser relevantes para as atualizações do Manual de Diagnóstico e Estatística, o guia utilizado pelos Psiquiatras para identificar as condições do paciente:

• Os autores do estudo disseram que “as estruturas cerebrais menores em crianças com TDAH, mas não em adultos, se encaixam em uma teoria de ‘pico de volume retardado’ de que o TDAH está associado a uma ‘velocidade alterada de desenvolvimento cortical’. Ou seja, o seu desenvolvimento cerebral pode ser atrasado em comparação com as crianças que não têm TDAH, mas pode se recuperar à medida que crescem”.

• O regulador emocional do cérebro, a amígdala, teve a maior redução de volume nos portadores de TDAH, comprovação que foi particularmente importante para os pesquisadores devido à onipresença de problemas emocionais no transtorno. Os autores escreveram que “esses sintomas [emocionais] estão frequentemente presentes em pacientes com TDAH, mas essas características da doença ainda não eram incluídas nos critérios oficiais”.

Apesar de ter envolvido um grande número de pessoas de todas as idades o estudo ainda não pode determinar como o TDAH se desenvolve ao longo da vida.

A próxima etapa da pesquisa deverá envolver estudos longitudinais, desde a infância até a idade adulta, com portadores de TDAH, para observar como as diferenças cerebrais se manifestam ao longo do tempo. O que, sem dúvida, significará um grande avanço na compreensão e novas possibilidades de tratamento aos portadores do transtorno.

 

Entender as diferenças ajuda a vencer os desafios

Enfim, Ana e Carlos agora entendem que apesar das suas inúmeras afinidades as diferenças cerebrais se manifestam no dia a dia, mas descobriram alguns recursos para vencer as dificuldades de Carlos, desde criança diagnosticado com TDAH. E, se pensarmos que elas também estão presentes na vida profissional, já sabemos que todo aprendizado em lidar com o transtorno pode trazer grandes benefícios na rotina diária.

Muitas vezes tudo é uma questão de novos aprendizados e de como lidar com os sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Para isso Carlos buscou ajuda de um “treinador de TDAH”, um profissional de saúde que ensinou alguns recursos³ bem interessantes:

•Programar o cérebro com rotinas diárias, que devem ser repetidas até que se estabeleçam como um novo hábito. Isso porque as pessoas com TDAH podem levar dez vezes mais tempo para aprender um hábito e um décimo de tempo para esquecer.

•Para melhorar a gestão do tempo, muitas vezes afetada pelos problemas de esquecimento, uma boa alternativa é ter uma lista de todas as coisas que precisa antes de sair de casa de manhã. Colocar esta lista em local bem visível e todas as noites organizar tudo antes de dormir.

Adotar como lema “tem um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar”, criando outra lista com os itens que precisam ser organizados na casa, como guardar sapatos, livros e outros objetos no lugar certo. Manter essa rotina de acabar com a desordem das coisas para facilitar que elas sejam encontradas e evitar a perda de tempo.

• As habilidades sociais também podem ser trabalhadas com um treinamento que programa o cérebro para reagir de acordo com as regras mais aceitáveis de convivência, especialmente no ambiente profissional. Por exemplo, adotar nova posturas para ser mais comedido durante reuniões em grupo: aguardar que duas ou três pessoas se manifestem em uma reunião antes de abrir a boca e falar com impulsividade; e ainda, não contribuir com um segundo comentário até que pelo menos outra pessoa tenha participado da discussão.

Esse novo comportamento precisa ser repetido por um portador de TDAH por um período suficiente para reprogramar seu cérebro, como três meses ou dez reuniões, e deve ser continuamente relembrado porque o cérebro pode esquecer muito rápido.

Enfim, agora Ana e Carlos podem viver um relacionamento bem mais tranquilo, aproveitando as muitas características positivas de Carlos, como a imaginação e a criatividade. Ana também reconhece o grande esforço dele para vencer suas dificuldades cerebrais, principalmente aquele que se concentra em melhorar tudo que faz uma grande diferença na vida do casal.

 

Referências:

1. https:/www.sciencedaily.com/releases/2017/02/170216105919.htm

2.http://www.jornalciencia.com/transtorno-de-deficit-de-atencao-esta-relacionado-a-atraso-no-desenvolvimento-do-cerebro/

3. http:/www.additudemag.com/adhd/article/8922.html

 


Fonte: Eu Foco


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As 4 faces da autoestima: como estão as suas?


Autoestima. Esta palavra que nos acompanha durante a vida toda como a amiga invisível que tanto deseja nos amar e que, às vezes, desprezamos. Ali está. E, se você a olhar com carinho, irá pegá-lo pela mão e ajudá-lo a caminhar.

Essa amiga que nunca vai embora – mesmo que às vezes lhe demos as costas – e espera pacientemente até que lhe devolvamos o afeto. Você não a enxerga mas a sente, como sente a autoestima das pessoas que o rodeiam.

“A felicidade não é exuberante nem causa alvoroço, como o prazer ou a alegria. É silenciosa, tranquila, suave, é um estado interior de satisfação que começa por amar a si mesmo.”
-Isabel Allende-

Não só isso, é um conceito que tira o melhor e o pior de nós mesmos: seus diferentes rostos completam um círculo que diz muito do que somos, do que fazemos e do que não, da nossa atitude e, especialmente, da confiança que temos em nós mesmos.

As 4 faces da autoestima

Nas palavras de Stephen R. Covey, cuidar da autoestima significa “preservar e realizar o maior bem que você possui” e, para isso, é preciso levar em consideração suas quatro dimensões. O que significa isto? Que a nossa própria autoestima pode se quebrar em sua natureza física, espiritual, mental e social/emocional. Vejamos isto com mais calma.

  • Face física: implica cuidar do próprio corpo colocando atenção na alimentação, no descanso e no exercício rotineiro. Trata-se de ser proativo e confiar na nossa própria saúde física mediante uma rotina que nos dê bem-estar.

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  • Face espiritual: tem a ver com o sistema de valores que tivermos e se fortalece dedicando tempo à meditação pessoal. Parar alguns segundos no dia para refletir sobre o que vivemos e o que esperamos nos dá energia.

 

  • Face mental: é a parte da autoestima que se identifica com a exploração e a aquisição de novos conhecimentos, com a educação que nos oferece a escola da vida e a cultura. É a capacidade de crítica positiva e amadurecimento que, por exemplo, nos permite ampliar a perspectiva do mundo.

 

  • Face social/emocional: são duas dimensões ligadas entre si, porque a vida emocional não pode ser entendida de forma plena se não levarmos em consideração as relações pessoais. A segurança pessoal, o equilíbrio com nossos próprios princípios e a confiança no que somos por dentro. É a face da independência, mas também da empatia para com os outros.

Sua autoestima está em ordem?

Como vimos, as quatro faces da autoestima recaem sobre o pilar da autoconfiança e a forma de potencializá-la é se cuidando. Cuidar-se a nível físico, espiritual, mental e sócio/emocional. Na hora em que uma destas faces cambaleia um pouco, a nossa autoestima diminui e a consideração para conosco se debilita.

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Portanto, por que não dedicar parte do nosso tempo para colocar em ordem cada uma destas dimensões? Se fisicamente você não está em seu melhor momento, procure de forma consciente hábitos que lhe tragam energia e que façam você se sentir mais forte. Você precisa parar e relaxar? Existem exercícios que ajudarão a conseguir isto. Socialmente você se sente inseguro? Você está sofrendo? É hora de se curar e apostar em você.

“A pessoa mais influenciável com a qual você fala o dia todo é você mesmo.

Tenha cuidado, portanto, com o que você diz a si mesmo.”

-Zig Ziglar-

Você, antes de qualquer um, precisa pensar que a sua vida existe para ser vivida, e não simplesmente para sobreviver. E vivê-la passa por aceitar nossos próprios desejos e ir atrás deles, reconhecer que podemos errar, criar, mudar, nos superarmos, realizar-nos. A autoestima é um sinal de realização e de equilíbrio pessoal.

Escolha bem quem está ao seu redor

Falamos que uma das faces da autoestima é a social/emocional e que ambas estão especialmente unidas porque não podemos separar emoções de relacionamentos pessoais. Ninguém pode preencher mais a nossa parte emocional do quem deseja fazê-lo sinceramente: quem nos dá felicidade porque deseja fazê-lo e, consequentemente, nos torna melhores.

Este é um ponto importante: temos direito a um círculo social agradável, que nos respeite e nos trate com afeto. Desta forma, é importante escolher bem as pessoas que queremos que nos cerquem. Elimine do seu lado as pessoas erradas, tóxicas, que não lhe permitem construir uma autoestima saudável.


Fonte: http://www.dgsc.go.cr/dgsc/documentos/cecades/los-7-habitos-de-la-gente-altamente-efectiva.pdf Stephen R. Covey

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Psicologia

A psicoterapia (tratamento psicológico) é uma ferramenta útil para pessoas de qualquer idade, crença, nível cultural e social que queiram resolver conflitos que interferem no seu dia a dia e que impedem a realização de seus objetivos, sonhos e desejos.

 


 

Serviço disponível nas seguintes Unidades:

 

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Castelo

 

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Transtorno bipolar e mau humor: como diferenciar?


Os transtornos do humor estão aparecendo com maior frequência a cada dia que passa. A vida moderna, repleta de tanta tecnologia que nos sobrecarrega ao invés de nos ajudar, tem tornado tudo mais estressante. Com isso, vem o mau humor constante, com pensamentos negativos e a irritação nos acompanhando durante o dia. Porém, essas situações são diferentes de uma doença mais séria: o transtorno bipolar.

Mas qual é a diferença entre eles? Por que são fáceis de serem confundidos? Vamos mostrar agora os conceitos de cada um e os principais sintomas.

O que é o mau humor?

Todo mundo já acordou com o pé esquerdo, não é mesmo? Nesses dias, nada está bom o suficiente e ficamos sempre no limite de explodir a qualquer comentário ou crítica que não nos agrade. Ter esse sentimento de vez em quando caracteriza o que definimos como mau humor. Ele pode acontecer ocasionalmente e está diretamente ligado a nossa capacidade de resiliência aos estímulos estressantes do dia a dia.

Sintomas

O mau humor costuma acontecer de forma pontual, ou seja, não é muito frequente e, normalmente, é desencadeado por algum acontecimento ruim no seu dia. Ele pode ser o sintoma de alguma doença psiquiátrica e afetar consideravelmente a sua vida e saúde quando surge com certa regularidade. Veja alguns sinais e sintomas de quem não está num dia bom:

  • Aumento ou perda do apetite;
  • Baixa autoestima;
  • Desânimo;
  • Tristeza;
  • Pensamentos negativos;
  • Problemas para dormir;
  • Uso de tranquilizantes ou mesmo drogas ilícitas;
  • Isolamento social;

Apesar de muita gente achar que as principais causas do mau humor são simplesmente os acontecimentos do dia (o ônibus atrasado, o café quente no vestido ou a enxaqueca inesperada), é bom saber que eles só representam 10%. A genética tem 50% de culpa no cartório e a forma como nós nos comportamos diante de um problema representa 40% das causas. Ou seja, manter o otimismo e não se deixar abater é muito mais impactante em seu bem-estar do que a situação em si. O mau humor crônico é chamado de distimia.

O que é o transtorno bipolar?

Como o próprio nome diz, o transtorno bipolar caracteriza-se por apresentar uma oscilação de humor que varia entre dois polos. Ou a pessoa está extremamente agitada ou extremamente apática

Os sintomas vão além da alternar alegria e tristeza de forma normal, como acontece com todos nós. É uma doença psiquiátrica onde há uma disfunção biológica, com taxas de neurotransmissores que oscilam entre altas e baixas, que podem nem mesmo precisar de um fator externo para desencadear um dos pólos do transtorno.

Sintomas

Se você conhece alguém com essa doença, vai perceber que ela passa por fases, períodos em que a pessoa se encontra eufórica como se estivesse extremamente feliz ou muito irritada e, em outros, está completamente depressiva e taciturna, desmotivada talvez até para sair de casa.

Por exemplo, uma das faces da mania é muito fácil de ser confundida com o mau humor. A pessoa fica com o “pavio curto”, torna-se extremamente grosseira por qualquer motivo e pode externar esse sentimento verbalizando ou por meio de agressões físicas. Também há uma dificuldade para dormir por conta do elevado nível de agitação.

Na fase de depressão é totalmente o oposto. A tristeza que o indivíduo sente é tão profunda que ele não tem vontade de comer e pode passar dias e dias em casa sem ao menos tomar banho. É uma forma de depressão extrema.

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Quando procurar ajuda profissional?

Qualquer transtorno do humor que esteja causando algum prejuízo na sua vida é caso de procurar um profissional. No transtorno bipolar, é essencial que seja realizado o tratamento psiquiátrico com o uso de medicações e também que haja o acompanhamento com o psicólogo.

Uma orientação psicológica  é importante para todos, principalmente nos casos de inadequações que prejudicam a qualidade de vida das pessoas, ainda que não tenham sido diagnosticados com doença alguma. Como foi dito acima, o mau humor pode ser reduzido consideravelmente pelo modo como encaramos a vida, e a psicoterapia pode ajudar a potencializar a força psíquica, trazendo mais qualidade de vida e saúde..

 Compartilhe sua experiência conosco!

 


Fonte: Psicologia Viva


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8 sinais preocupantes de que você está esgotado mentalmente


Você já se sentiu tão esgotado a ponto de não ter mais motivação de fazer nem aquilo de que gosta? Já se sentiu tão pra baixo a ponto de não conseguir ver alegria no que faz e tudo ser motivo de irritação?

É muito comum as pessoas confundirem esgotamento mental e depressão porque esses dois problemas têm sintomas em comum.

O esgotamento está geralmente associado ao estresse do trabalho e ao desgaste mental. Depressão pode ou não estar relacionada ao trabalho.

Pessoas com esgotamento mental apresentam problemas de atenção e o nível de esgotamento pode ser medido de acordo com o número de lapsos cognitivos que a pessoa tem em um dia, tais como dizer coisas sem pensar, esquecer nomes, não reparar em um sinal vermelho enquanto dirige…

Estudos têm demonstrado que os homens apresentam mais dificuldade em assumir que estão esgotados. Muitos deles acham que isso é um sinal de fraqueza. Outros estão tão absorvidos em prover as necessidades materiais da família que não admitem que possam já ter passado do próprio limite.

As consequências disso podem ser desastrosas.

Por isso é muito importante que você saiba identificar os sinais de esgotamento em você e nos outros. Entre eles, podemos citar:

1. Tempestade em copo d’água

Quando, mesmo diante do menor dos problemas, a pessoa se descontrola já é um sinal claro de esgotamento.

Nessa situação ela está tão exaurida em suas capacidades mentais que não consegue mais distinguir com clareza um problema simples de algo realmente grande.

2. Cansaço crônico

Sentir-se exausto é um dos principais sintomas do esgotamento.

Não se trata apenas em sentir-se extremamente cansado uma vez ou outra. Mas, em um sentimento constante de cansaço. A pessoa sente-se o tempo todo sobrecarregada e esgotada.

3. Imunidade baixa

A adrenalina que o corpo produz nas situações de estresse ajuda a pessoa a estar em alerta. Mas produz estragos no sistema imunológico.

Com a resistência em baixa, a pessoa tende a ficar doente com mais frequência. Doenças que podem ir desde resfriados, crises de enxaqueca, dores de estômago até palpitações no coração.

4. Sentimento de ineficiência

A pessoa mentalmente esgotada sente que não consegue atingir seus objetivos na vida.

Com esse sentimento, a confiança da pessoa vai pelo ralo, e ela se sente ainda menos capaz diante dos desafios. O que gera efeitos desastrosos na autoestima.

5. Apatia generalizada

O entusiasmo pelo trabalho apaga e parece que tudo e todos são motivos de descontentamento para a pessoa esgotada.

Ela não sente mais motivação no que faz e se contenta em fazer o mínimo. Muitas vezes, não tem motivação nem para fazer as coisas que gosta.

6. Perfeccionismo exagerado

Pesquisas recentes demonstram que as pessoas perfeccionistas têm um risco muito maior de esgotamento. Isso porque o padrão de perfeição criado por elas consome muita energia, o que leva a um desgaste ainda maior.

Esse tipo de pessoa precisa avaliar com sinceridade se a perfeição é realmente essencial para cada projeto específico. A resposta geralmente é “não”.

7. Sem paradas

Um tempo para recuperação é muito importante na prevenção do esgotamento.

É preciso encontrar maneiras de se recuperar durante o trabalho (em pequenos intervalos), mas também após o trabalho (à noite, nos finais de semana, nas férias).

Quando falamos em descanso, não estamos nos referindo a dormir apenas. Mas, também, em dedicar-se a atividades que dão prazer – uma atividade física, um passeio em família, um hobby.

8. Muitas demandas do trabalho X poucos recursos de trabalho

Podemos explicar as “demandas do trabalho” como tudo aquilo que precisa ser feito – e, portanto, que consome esforço e energia.

Por “recursos de trabalho” podemos entender tudo aquilo que motiva, que nos ajuda a atingir os objetivos.

As demandas do trabalho não são necessariamente ruins. Mas, por causa da energia que consomem, precisam ser equilibradas com os recursos de trabalho.

O dinheiro é um recurso de trabalho muito importante – a expectativa da remuneração que vai receber motiva a fazer o que precisa ser feito. Mas esse não deve ser o único recurso de trabalho.

A alegria e a satisfação decorrentes da atividade exercida são muito importantes também (talvez até mais que o dinheiro!).

Entretanto, nem todos têm a oportunidade de fazer profissionalmente aquilo que realmente gostam. Mas todos têm a oportunidade de usar seus dons e talentos no serviço voluntário.

Esse tipo de trabalho não dá um tostão como retorno, mas traz consigo importantes recursos de trabalho como a alegria no serviço, o amor ao próximo e a gratidão. Recursos esses que dão energia para fazer todas as outras coisas.

O esgotamento tem sido descrito como o maior risco profissional do século XXI.

Conhecer seus sintomas e como diminuir seus efeitos é um primeiro passo muito importante rumo a uma vida plena e feliz.


Por Marilia de Andrade Conde Aguilar || Fonte: Psicologias do Brasil

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13 Dicas para professores que trabalham com autistas


Miguel Higuera Cancino especialista em autismo há 30 anos, publicou seu livro: Mi hijo no habla. Relatando as experiências com seu filho autista, hoje com 10 anos. Miguel é fonoaudiólogo com largo conhecimento sobre o espectro autista.

Ele nos deixa 13 valiosas dicas aos professores que atuam com crianças autistas.

1 – Pedir às famílias um relatório dos interesses, preferências e coisas que causam desagrado a cada criança.

2 – Utilizar preferências e materiais de agrado para a criança na aula o no pátio para estabelecer um vínculo com a escola e as pessoas do ambiente escolar.

3 – Trabalhar por períodos curtos, de cinco a dez minutos, em atividades de complexidade crescente, incorporando gradativamente mais materiais, pessoas ou objetivos.

4 – Falar pouco, somente as palavras mais importantes (geralmente um autista não processa muita linguagem cada vez).

5 – Utilizar gestos simples e imagens para apoiar o que é falado e permitir a compreensão (os autistas são mais visuais que verbais).

6 – Desenvolver rotinas que a criança possa predizer ou antecipar (pela repetição e com o apoio de imagens que mostram o que vai ser feito no dia).

7 – Estimular a participação em tarefas de arrumar a sala, ajudar a entregar materiais às outras crianças, etc.

 

E ainda:

8 – Entregar objetos no canal visual. O adulto deve ter o objeto na mão diante dos olhos para que a criança possa pegar o objeto tendo o rosto do adulto dentro do seu campo de visão.

9 – Respeitar a necessidade de estar um momento sozinho, de caminhar ou dar saltos ou simplesmente perambular para se acalmar (pode ser utilizado como prêmio após uma atividade).

10 – Tentar conhecer as capacidades de cada criança para utilizá-las como entrada para as atividades de ensino (pintar, recortar, etc.).

11 – Evitem falar muito, muito alto e toda situação que envolva muito estímulo (pode ser até nocivo para a criança).

12 – Pergunte sempre como foi a tarde ou o dia anterior, a qualidade do sono ou se houver alguma alteração da rotina para se antecipar a estados emocionais de ansiedade. Em caso de ansiedade, procure utilizar elementos de interesse e preferência da criança, com menor exigência para não ter birras ou maior ansiedade.

13 – Em casos de birra, é importante ter algum conhecimento de técnicas de modificação de conduta (time out, desvio de atenção, etc.), mas a primeira dica é não se apavorar, tentar oferecer outros objetos e, no caso de não conseguir acalmar a criança, explicar à turma o que está acontecendo e desenvolver atividade com o grupo em outro lugar e dar a possibilidade da criança com TEA de se acalmar.

 


Fontehttp://mirandalibrassemfronteiras.weebly.com/aee---atendimento-educacional-espec-autismolei-127642012.html

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Suicídio já mata mais jovens que o HIV em todo o mundo


“As pessoas simplesmente pensam que é um crime ter pensamentos suicidas. Não deveria ser assim”, diz Lauren Ball, uma mulher de 20 anos que já tentou se matar várias vezes.

 Seis, para ser mais preciso. A mais recente tentativa foi no ano passado.

“Sei que foi muito difícil para minha família”, contou Ball ao programa de rádio Newsbeat, da BBC, voltado para o público jovem.

 

‘Gatilhos’

Gabbi Dix sabia que sua única filha, Izzy, estava sofrendo com a chegada da adolescência, mas não imaginou que o suicídio rondasse seus pensamentos.

“Acho que nunca vou conseguir superar isso”, conta a mãe da adolescente de 14 anos, que em 2012 deu fim à própria vida, numa cidade costeira do sul da Inglaterra.

Para muitos especialistas, o suicídio juvenil tem contornos epidêmicos. E, para a Organização Mundial de Saúde, precisa “deixar de ser tabu”: segundo estatísticas do órgão, tirar a própria vida já é a segunda principal causa da morte em todo mundo para pessoas de 15 a 29 anos de idade – ainda que, estatisticamente, pessoas com mais de 70 anos sejam mais propensas a cometer suicídio.

No Brasil, o índice de suicídios na faixa dos 15 a 29 anos é de 6,9 casos para cada 100 mil habitantes, uma taxa relativamente baixa se comparada aos países que lideram o ranking – Índia, Zimbábue e Cazaquistão, por exemplo, têm mais de 30 casos. O país é o 12º na lista de países latino-americanos com mais mortes neste segmento.

“O suicídio é um assunto complexo. Normalmente, não existe uma razão única que faz alguém decidir se matar. E o suicídio juvenil é ainda menos estudado e compreendido”, diz Ruth Sunderland, diretora do ramo britânico da ONG Samaritanos, que se especializa na prevenção de suicídios.

De acordo com a OMS, 800 mil pessoas cometem suicídio todos os anos. E para cada caso fatal há pelo menos outras 20 tentativas fracassadas.

“Para a faixa etária de 15 a 29 anos, apenas acidentes de trânsito matam mais. E se você analisar as diferenças de gênero, o suicídio é a causa primária de mortes para mulheres neste grupo”, diz à BBC Alexandra Fleischmann, especialista da OMS.

Diferenças

O Brasil, neste ponto, passa pelo fenômeno oposto: índice de suicídios nesta faixa etária para mulheres é de 2,6 por 100 mil pessoas, mas a taxa salta para de 10,7 entre a população masculina. Mas, entre 2010 e 2012, o mais recente período de análise de dados da OMS, o índice feminino cresceu quase 18%.

Em termos globais, uma variação chama atenção: 75% dos suicídios ocorrem em países de média e baixa renda. E as diferenças socioeconômicas parecem ter impacto mais forte entre adolescentes.

Análise de gráficos sobre suicídios mostra picos dramáticos entre a população de 10 a 25 anos em países de baixa renda.

Tais “saltos” não são vistos em sociedades mais afluentes, o que sugere maior risco de suicídio entre populações mais pobres.

Ainda no segmento juvenil, a OMS diz que mais homens cometem suicídio que mulheres.

“A masculinidade e as expectativas sociais são os principais motivos para essa diferença”, explica Fleischmann.
Mas essa diferença entre os gêneros é menor em países mais pobres, onde mulheres e jovens adultos estão particularmente vulneráveis.

Em países mais ricos, homens se matam três vezes mais que mulheres, mas em países de média e baixa renda, a relação cai pela metade.

A intensidade também tem variações regionais. Para especialistas, suicídios são mais do que fatalidades. Pesquisas acadêmicas revelam que pelo menos 90% dos adolescentes que se matam têm algum tipo de problema mental. Eles variam da depressão – a principal causa para suicídios neste grupo – e passam por ansiedade, violência ou vício em drogas.

Mas há “gatilhos” que podem ser sutis como mudanças no ambiente familiar ou escolar, passando por crises de identidade sexual.

Por isso, os especialistas recomendam prestar atenção nos sinais iniciais. E, não por acaso, a mais recente campanha dos Samaritanos foi dirigida a estudantes britânicos iniciando o período letivo nas universidades.

Também recomenda-se atenção a questões com o bullying, incluindo suas manifestações pela internet. Especialistas também argumentam que o sensacionalismo na mídia pode encorajar imitações.

“Neste caso, um efeito positivo inverso seria encorajar as pessoas a procurar ajuda”, argumenta Sutherland.

Grupos envolvidos com a questão também argumentam que o suicídio deveria se tornar uma questão de saúde pública. No entanto, apenas 28 países têm estratégias nacionais de prevenção.

“A Finlândia, por exemplo, em uma década viu seus índices caírem 30%”, conta Fleischmann.


Fonte: Pensar Contemporâneo

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