Category Archives: Artigos

Home / Archive by category "Artigos" ()

7 motivos para fazer psicoterapia

Procurar terapia não é sinal de desequilíbrio ou doença, na verdade, é o primeiro sintoma de lucidez em direção a um compromisso maduro em prol da saúde mental.

Confesso, escolhi esse título clichê com as seguintes intenções: apresentar o tema do texto, estimular a sua curiosidade e demonstrar o quanto somos “fisgados” por táticas de marketing que se aproveitam da nossa falta de autoconhecimento. Portanto, não, você não encontrará nenhuma “lista com N motivos para isso ou aquilo”.

Muita coisa nos impede de fazer psicoterapia, entre elas a ideia de que é “coisa de louco” ou só serve para quem está sofrendo muito. Para quem nunca fez, pode ser difícil reconhecer que, na verdade, é indicada para qualquer um. Afinal, pessoas “normais” também se sentem confusas, ansiosas, estressadas e incomodadas por questões de relacionamento — ou não? Para fazer terapia, basta ser humano.

Há também uma certa desconfiança por se tratar de uma situação nova (ou estranha): ficar a sós com alguém totalmente desconhecido para falar sobre suas questões mais íntimas. Não seria mais fácil conversar com um amigo? Talvez. Uma coisa substitui a outra? Não. De qualquer modo, é importante esclarecer dois pontos: primeiro, amigos não são treinados para ouvir e, portanto, tendem a te interromper ou não prestar atenção; segundo, é mais fácil falar francamente, sem qualquer receio, com alguém que não sabe nada sobre você e não tem nenhuma expectativa.

 Além do mais, psicólogos jamais vão te julgar, pois enxergam o ser humano de uma forma muito mais abrangente. Eles sabem o quanto somos complexos e diferentes, especialmente em questões mais íntimas, como sexo e ansiedade.
Após anos de estudo para entender a mente, o psicólogo não se assusta com o que sentimos, falamos ou fazemos, pelo contrário, o incomum desperta sua curiosidade e motivação — afinal, é por isso que se tornou psicólogo. Em resumo, o psicólogo se interessa pela saúde mental.

O quanto se investe em um psicólogo é, em média, proporcional ao que gastamos para nos divertir. Mas preço é algo subjetivo e, portanto, depende muito do valor que atribuímos às coisas. A psicoterapia se torna valiosa à medida que revela o quanto nossos conflitos são frutos da falta de consciência sobre o conteúdo da nossa própria mente: desejos, anseios, medos e os motivos que nos levam a fazer o que fazemos, especialmente quando tomados por um determinado sentimento.

O objetivo da terapia é o autoconhecimento adquirido num tipo especial de conversa, uma em que se fala bastante para alguém que não só ouve atentamente, mas também intervém de maneira apropriada no momento oportuno. Empatia é uma qualidade fundamental dos bons psicólogos, descrita por Chuang-Tzu da seguinte forma:

 “O ouvir que se limita aos ouvidos é um. O ouvir da compreensão é outro. Mas o ouvir da alma não se limita a nenhum sentido ou capacidade, seja audição ou pensamento. Portanto, requer o esvaziamento de todas as capacidades. Quando esvaziamos nossas percepções e sentidos, passamos a ouvir de corpo inteiro. Então alcançamos algo que estava ali, diante de nós o tempo todo, mas que nunca seria captado pelos ouvidos ou compreendido pela mente.”

Ao longo das sessões, descobrimos muito sobre nós mesmos e passamos a reconhecer alguns padrões: um jeito peculiar de lidar com relacionamentos ou fracassos, um ciúme que parece incontrolável, uma briga com seus pais ou irmãos que terminou em rancor ou aversão. Falar sobre os próprios conflitos significa utilizá-los como matéria-prima para a construção de uma relação mais harmoniosa consigo mesmo e com os outros; significa reconhecer nosso “lado negro” e nos tornarmos íntimos de nós mesmos; significa aceitar a si mesmo por inteiro e, assim, deixar de viver no “piloto automático”.

Viver plenamente de acordo com os próprios valores, tendo consciência de si mesmo e suas relações, não é algo instintivo. Não nascemos sabendo e tampouco somos encorajados a aprender — especialmente numa época em que se explora emoções e sentimentos em nome dos negócios. Daí a importância da psicoterapia como processo de aprendizagem e aperfeiçoamento dessa habilidade que chamamos de “viver plenamente”.

Procurar terapia não é sinal de desequilíbrio ou doença, na verdade, é o primeiro sintoma de lucidez em direção a um compromisso maduro em prol da saúde mental.


Por Bruno Braz
*O conteúdo do texto acima é de responsabilidade do autor e não necessariamente retrata a opinião da página e seus editores.


Fonte: Psicologias do Brasil

Está sofrendo com problemas psicológicos ? Fale com um de nossos especialistas :

Clínica de Psicologia Basiléia 

Suicídio: a dor que quer se acabar

O que leva uma pessoa a querer cometer suicídio? O que motiva alguém produzir em si a dor de uma autoagressão? Por qual razão alguém perde o sentido da vida e não quer mais vivê-la? Ou o que traz esta dor que não pode calar e que quer se acabar?

O suicídio leva a muitos questionamentos, mas uma coisa é certa:

ninguém quer deixar de viver, o suicida não quer acabar com a própria vida, ele quer acabar com o sofrimento.

Este sofrimento é tão forte, tão cruel, tão profundo, que nada parece fazer sentido. A família, os amigos, a profissão, o dinheiro, a esperança, nada mais existe. Apenas aquele vazio, aquele buraco onde deveria haver tantos sentimentos, mas eles já se foram…

As forças para lutar se acabaram, e o que sobrou é usado para um último ato, na busca errônea pela solução de todos os problemas. E este ato, quando consumado, põe fim a uma vida, uma história, um destino e toda uma existência.

 

Quem fica sofre muito, é muito difícil compreender, aceitar

Vêm os questionamentos, a negação, a raiva, a culpa, a decepção, e muitos sentimentos negativos, pois ninguém espera que isto aconteça. A morte é dolorosa e o luto sempre vem acompanhado de sofrimento, mas, quando a morte foi uma escolha, uma decisão, um grito de socorro impossível de ser atendido, a dor é muito maior, não há comparação.

Quando se sobrevive a uma tentativa de suicídio parece que a pessoa vive um misto de gratidão com decepção, que depende do nível no qual está o vazio e a desesperança. Ao mesmo tempo em que se questiona por que não conseguiu, também se questiona se não é uma nova oportunidade de viver que está tendo e que deve aproveitar, mas ainda não sabe como. Se encontrar a ajuda certa é possível perceber outras saídas, entretanto, se não tiver esta ajuda necessária, em breve tentará de novo, e desta vez pode conseguir.

Ao vivenciar este sofrimento e viver com esta dor é muito difícil perceber que há uma realidade diferente para si mesmo, não se vê uma luz no fim do túnel, não se percebe uma saída. Tudo parece cinza, nada traz alegria e prazer, não existem bons sentimentos.
 A incompreensão das pessoas que estão ao redor é dolorida, pois é realmente difícil entender por que algumas pessoas não querem continuar vivendo suas vidas, apesar de para os outros parecer boa.

Mulher pensando em suicídio

Por isso é muito importante entender que o suicídio não é frescura, não é brincadeira, mas, é algo muito sério, é um grito de socorro, é um desespero profundo, uma dor insuportável, uma necessidade urgente de sair do sofrimento em que se encontra e nada mais consegue aplacar.

Ao passo que a pessoa em risco de suicídio percebe que alguém entende e acolhe sua dor, sabe que é aceita, compreendida e amada, pode começar a se aceitar, compreender, se amar e deixar o desejo de pôr fim a sua vida de lado, pois sua dor é aplacada, suas esperanças são renovadas, a luz no fim do túnel se torna visível e novas possibilidades são visualizadas.

Mas a luta continua, o que foi renovado deve continuar em constante aperfeiçoamento, tanto da parte da pessoa que desejou morrer quanto das pessoas ao seu redor, até que seja extinta esta possibilidade.

Acompanhamento psicológico é de extrema importância em todo o processo, e o uso de medicamentos, com acompanhamento psiquiátrico, pode ser necessário por um bom tempo, pois ambos ajudam muito a pessoa a refletir, a repensar sua vida e seus hábitos.

A psicoterapia trabalhará a raiz do problema, fortalecendo a pessoa e a tornando capaz de não voltar ao fundo do poço onde se encontrava.

E é tão bom ver novas possibilidades, recomeçar, reinventar a vida, ressignificar as dores e experiências, superar o passado, aproveitar o presente e vislumbrar um futuro melhor!

Saiba que é possível, com ajuda correta muitos conseguiram e você também vai conseguir!

 

Escrito por: Joscelaine - Psicóloga

Fonte: A Mente é Maravilhosa

Agende um horário para atendimento psicológico!

 


Qual a diferença entre Coach e Psicólogo?

Esses profissionais influenciam o comportamento das pessoas, mas o que cada um faz?

 


O psicólogo estuda o comportamento humano e seus processos mentais e emocionais. Este profissional estuda o que motiva o comportamento, quais os processos de construção da pessoa (emoções, percepções, cognições, linguagem, etc) que levam o indivíduo a ter determinadas condutas. Ao entender esses processos, ele obtém maior percepção para solucionar problemas em diferentes níveis do comportamento individual e coletivo.

 O coach estimula através de algumas técnicas, o desenvolvimento profissional e social. Ele utiliza ferramentas estratégicas para despertar o potencial das pessoas seja em sua área de atuação seja habilidades de sociabilidade. O coach é responsável por motivar a prática de um hábito ou comportamento adequado para alcançar metas e objetivos pessoais e profissionais.
Como você pode notar, os dois profissionais influenciam o comportamento humano. Os dois possuem metodologias eficazes para identificar bloqueios e crenças limitantes, bem como equilibrar emoções e  gerar motivações.
Porém, esses profissionais atuam de forma diferente e portanto, não devem, ser confundidos. Veja agora a diferença entre coach e psicólogo.

Psicologia: a análise do comportamento

O modo como as pessoas agem se origina através de uma série de fatores como, disposição genética, metabolismo, motivações, temperamento, inteligência, meio ambiente, cultura e grupos sociais.
Diante disso, a Psicologia é uma ciência que ajuda o indivíduo a se conhecer através da escuta e observação comportamental. Ao identificar as causas que determinam ações e reações dos individuais em determinadas situações, fica mais fácil para o paciente influenciá-las ou modificá-las.

Coach: estímulo para ação

O processo de coaching estimula uma ação, que através de técnicas específicas de coaching, levam o coachee (assessorado pelo coach) na tomada de decisões importantes em sua vida. De acordo com a especialista em coaching Ana Paula Nunes, o trabalho do coach é “estimular o cliente a analisar o próprio estado atual e até onde ele deseja chegar. Depois criar um plano de ação com data, hora e como formas de execução, um passo a passo para alcançar o que o cliente deseja”.
Técnicas de motivação, organização, aprimoramento das fortalezas, conhecimento das fragilidades e de gerenciamento de tempo, possibilitam aos clientes desenvolver habilidades para enfrentar os desafios aos quais ele está inserido.


A diferença entre Coach e Psicólogo

O coach não faz diagnósticos, ele incentiva e apoia o cliente em seu objetivo que pode ser pessoal ou profissional. Seu trabalho não tem caráter clínico, não lida com traumas nem problemas do passado. O coach não se debruça sobre questões de transtornos psicológicos ou psiquiátricos porque seu compromisso é gerar hábitos saudáveis para encurtar o caminho do objetivo do cliente até o resultado desejado.
Já o psicólogo, além de aumentar o nível de autoconhecimento dos seus pacientes, trabalha nas queixas associadas aos conflitos internos. Ajuda as pessoas a superar ou, ao menos, gerenciar  problemas de relacionamento, ansiedade, estresse, medo, depressão entre tantos outros de ordem psíquica- emocional. Seu trabalho  busca as origens dos problemas, entendendo suas funções e sempre indaga a forma pelo qual o indivíduo encara suas questões pessoais, com o objetivo primordial de tornar a vida da pessoa a mais confortável possível.


Posso fazer terapia e coaching ao mesmo tempo?

Coaching e psicoterapia podem se complementar. Seja quando uma dificuldade for identificada durante o processo de coaching e o cliente é instruído a procurar um psicoterapeuta, ou quando o processo de coaching é indicado pelo profissional de psicologia para ajudar o paciente a atingir metas objetivas. Para Ana Paula é indicado fazer os dois “é importante fazer terapia para tratar os traumas e desatar os nós. Quem faz terapia tem menos dificuldades para encarar o processo de coaching que instiga o cliente a agir, a sair do lugar” revela.
Porém, quando os problemas psicológicos são mais profundos, Ana Paula revela que a terapia é o mais aconselhável. “Um cliente com depressão aguda, por exemplo, sofre muito nos momentos de auto reflexão que o processo de coaching incita. Ele pode ficar ainda mais deprimido por ter dificuldade e, às vezes, nem conseguir realizar o plano de ação. Nesses casos, o prudente seria fazer a terapia antes de tentar o processo de coaching”.

Você já fez o processo de coaching ou terapia!? Conta para a gente esse experiência nos comentários!

 


Fonte: UNAMA

Agende um horário para atendimento de Psicologia


12 sinais de que você pode estar sofrendo da Síndrome de Burnout

A Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, tem nos workaholics suas vítimas potenciais.


Nestes tempos bicudos, num país que se fosse filme teria como título “Hell in Paradise”, acho interessante falar de um risco que se torna cada vez mais presente na vida dos administradores: a Síndrome de Burnout. Numa tradução livre, seria “Fritou!”.

Também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, ela tem nos workaholics suas vítimas potenciais, pois, pela literatura, essas pessoas têm como característica o  “desejo de serem as melhores e sempre demonstrar alto grau de desempenho” e também “medem a autoestima pela capacidade de realização e sucesso profissional”.

Em minha experiência clínica, a maioria das pessoas com esse perfil teve um pai exigente e com dificuldade de expressar afeto, o que cria na criança a ilusão de que o afeto paterno virá com grande produção ou resultados.

Claro que não existe um número mágico nem na produtividade nem nos ganhos que faça, a partir dali, a pessoa se sentir suprida afetivamente. Isso só pode acontecer quando temos prazer no que fazemos. Tem que ser divertido!

Mas o que acontece com nosso personagem? O que no início é satisfação e prazer termina quando o reconhecimento por esse desempenho não vem ou não é sentido (pois baseia-se em uma ilusão!).

Nesse momento, ou a pessoa se conscientiza ou, mais comumente, pensa que ainda não fez o suficiente e entra numa fase de obstinação e compulsão, em um processo sempre crescente e que acaba envolvendo e afetando também suas relações pessoais e familiares.

Já disse para muito paciente nesse estágio que querer seguir na neurose é uma escolha dele, mas querer que seus pares, subordinados ou filhos entrem no jogo não é possível – nem justo. Nas empresas de ponta, onde se busca a cooperação e o trabalho em equipe, ter um membro ou, pior, um líder nesse processo não deve ajudar em nada na execução dos objetivos.

No final, a pessoa passa a sofrer problemas de ordem psicológica, forte desgaste físico, gerando fadiga e exaustão, o que o tira do jogo temporária ou permanentemente.

 


Abaixo, para os interessados, uma lista da evolução e sintomas da Síndrome de Burnout:

1 – Necessidade de se afirmar ou provar ser sempre capaz;

 

2 – Dedicação intensificada, com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho e a qualquer hora do dia (imediatismo);

 

3 – Descaso com as necessidades pessoais – atividades como comer, dormir, sair com os amigos começam a perder o sentido;

 

4 – Recalque de conflitos – o portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas;

 

5 – Reinterpretação dos valores – isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da autoestima é o trabalho;

 

6 – Negação do outro – nessa fase os outros são completamente desvalorizados, tidos como incapazes ou com desempenho abaixo do seu. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;

 

7 – Recolhimento e aversão a reuniões (antissocialização);

 

8 – Mudanças evidentes de comportamento (dificuldade de aceitar certas brincadeiras com bom senso e bom humor);

 

9 – Despersonalização – evitar o diálogo e dar prioridade aos e-mails, mensagens, recados etc.;

 

10 – Vazio interior e sensação de que tudo é complicado, difícil e desgastante;

 

11 – Depressão – marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido;

 

12 – E, finalmente, a do esgotamento profissional propriamente dito, que corresponde ao colapso físico e mental. Esse estágio é considerado de emergência e a ajuda médica e psicológica uma urgência, com sintomas variados: fortes dores de cabeça, tonturas, tremores, muita falta de ar, oscilações de humor, distúrbios do sono, dificuldade de concentração e problemas digestivos.

 

Conclusão? Como recomendado pela psicologia, todos os profissionais precisam de supervisão e estar abertos para ouvir. Se você acredita que corre esse risco, pelo menos faça uma autoavaliação, busque um amigo em quem confia e permita que ele lhe diga a verdade. Ouça e reflita atentamente. Você pode e deve virar esse jogo.

 


Fonte: Administradores

 

Ficou com dúvidas? Contate-nos e agende um horário

 

ou

 

Conheça os nossos serviços

 


A esquizofrenia na infância: Como detectar

Como detectar a esquizofrenia na infância

A esquizofrenia é uma enfermidade médica que causa pensamentos e sentimentos estranhos e um comportamento pouco usual. É uma enfermidade psiquiátrica pouco comum em crianças, e é muito difícil ser reconhecida em suas primeiras etapas. O comportamento de crianças e adolescentes com esquizofrenia pode diferir dos adultos com a mesma enfermidade.

É uma desordem cerebral que deteriora a capacidade das pessoas para pensar, dominar suas emoções, tomar decisões e relacionar-se com os demais. É uma enfermidade crônica e complexa que não afeta por igual a quem sofre dela.

 

Estimativas da esquizofrenia

A esquizofrenia é uma enfermidade mental que afeta menos de 1% da população mundial, com independência de raças, civilizações e culturas. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), afeta uns 52 milhões de pessoas em todo o mundo.

No Brasil, estima-se que 1,8 milhão de pessoas são afetadas por esta doença.

 

Como detectar a esquizofrenia nas crianças?

As esquizofrenias que aparecem antes dos 5 anos, têm traços extremamente comuns ao autismo, e somente com uma evolução posterior, com o aparecimento de sintomas psicóticos, propriamente ditos, permitirá um diagnóstico certo. Antes dos 3 anos, o diagnóstico diferencial é muito improvável.

É praticamente impossível distinguir uma esquizofrenia de um autismo. Somente ficará esclarecido com o passar do tempo. A partir dos 5 anos o diagnóstico diferencial vai-se esclarecendo com a presença de sintomas psicóticos (alucinações, delírios) na esquizofrenia.

Mas pode-se notar alguns sinais de alerta nas crianças com esquizofrenia. O comportamento de uma criança pode mudar lentamente com o passar do tempo. Por exemplo, as crianças que desfrutavam, relacionando-se com outros, podem começar a ficar tímidas e retraídas, com se vivessem em seu próprio mundo. Às vezes começam a falar de medos e ideias estranhas. Podem começar a ficar obstinados pelos pais e a dizer coisas que não fazem muito sentido. Os professores podem ser os primeiros a perceberem esses problemas.

 

A esquizofrenia é hereditária?

Se na família houve outros antecedentes familiares de esquizofrenia, pode ser hereditária, mas numa porcentagem relativamente baixa (não supera os 25% de possibilidades), mas se a esquizofrenia desencadeou por fatores de estresse ambiental, ou por outras causas que não são genéticas, não há razão para herdá-la.

 

O que se deve fazer?

As crianças com esses problemas e sintomas devem passar por uma avaliação integral. Geralmente, essas crianças necessitam de um plano de tratamento que envolva outros profissionais. Uma combinação de medicamentos e terapia individual, terapia familiar e programas especializados (escolas, atividades, etc.) são frequentemente necessários. Os medicamentos psiquiátricos podem ser úteis para tratar de muitos dos sintomas e problemas identificados. Estes medicamentos requerem a supervisão cuidadosa de um psiquiatra de crianças e adolescentes.

 

Formas de esquizofrenia

Nem todas as esquizofrenias são iguais, nem evoluem da mesma maneira. Uma vez realizado o diagnóstico, os profissionais as dividem em quatro:

 

PARANÓIDE: É a mais frequente. Caracteriza-se por um predomínio dos delírios sobre o resto dos sintomas, em particular, delírios relativos a perseguição ou suposto dano de outras pessoas ou instituições para o paciente. O doente está desconfiado, inclusive irritado, evita a companhia, olha de relance e com frequência não come. Quando é questionado, dá respostas evasivas. Podem acontecer alucinações, o que gera muita angústia e temor.

 

CATATÔNICA: É muito mais rara que a forma anterior, e se caracteriza por alterações motoras, seja por uma imobilidade persistente e sem motivo aparente ou agitação. Um sintoma tipico é a chamada obediência automática, segundo a qual o paciente obedece cegamente todas as ordens simples que recebe.

 

HEBEFRÊNICA: É menos frequente, e ainda que também podem dar-se a idéias falsas ou delirantes, o fundamental pode aparecer ants que a paranóide e é muito mais grave, com pior resposta à medicação e evolução mais lenta e negativa.

 

INDIFERENCIADA: Este diagnóstico se aplica àqueles casos que sendo verdadeiras esquizofrenias não reúnem as condições de nenhuma das formas anteriores. Pode-se utilizar como uma “gaveta de alfaiate” em que se inclui aqueles pacientes impossíveis de serem definidos.

 

 

Tratamento da esquizofrenia

O tratamento dos processos esquizofrênicos podem ficar reservados para o psiquiatra. Requer o emprego de medicamentos difíceis de empregar, tanto pela limitação dos seus efeitos como pela quantidade de reações adversas que podem provocar. Em geral, os sintomas psicóticos antes citados, correspondem a dois grandes grupos:

– Sintomas “positivos”, ou produtivos. Refere-se a condutas ou modos de pensamento que aparecem na crise psicótica, em forma auditiva (novas condutas se somam às existentes). São os delírios e as alucinações, fundamentalmente. Neste caso, a palavra “positivo” não tem conotações favoráveis; significa simplesmente que “algo se soma ou se acrescenta”, e esse “algo” (delírios, alucinações) não é, em absoluto, nada bom.

– Sintomas “negativos”, ou próprios da deterioração: diminuição das capacidades com o aparecimento de sinais de fraqueza e debilidade. Distúrbios psíquicos, perda de ânimo afetivo, dificuldade nas relações interpessoais, incapacidade para trabalhar, etc. São ao principais sintomas negativos.

Pois bem, os tratamentos básicos antipsicóticos (neurolépticos, eletrochoque) podem atuar mais ou menos sobre os “sintomas positivos”. Mas não temos nada que atue de forma brilhante sobre os “negativos”. Somente o emprego de alguns neurolépticos concretos ou de antidepressivos, a doses baixas, pode ser de alguma ajuda. Seu manejo exige muitíssimo cuidado, pois podem reativar uma fase aguda da esquizofrenia. O eletrochoque se reserva para os casos de baixa resposta aos neurolépticos, ou para quadros muito desorganizados com riscos físicos para o paciente (condutas auto-agressivas, por exemplo). Sua utilidade é na fase ativa, e somente para os sintomas “positivos”.

Imagem de capa: Shutterstock/pictoplay

 



Fonte: Psicologias do Brasil

Agende uma Consulta Psicológica de avaliação

 


5 grandes filmes sobre distúrbios psicológicos


Os distúrbios psicológicos afetam um grande número de pessoas da população mundial: cerca de 450 milhões de pessoas sofrem de algum tipo de transtorno, ou seja, uma em cada quatro pessoas sofre de alguma doença mental ao longo da vida. Propomos aqui cinco filmes sobre distúrbios psicológicos de vários tipos, que talvez você não tenha assistido e que vale a pena conhecer.

Por isso, os roteiristas têm criado vários protagonistas com distúrbios psicológicos na história do cinema.

Esses transtornos dão mais complexidade e riqueza aos personagens além de nos mostrar, em alguns casos, aspectos da doença que não conhecíamos. Suspense, drama, comédia romântica, ficção científica…

Filmes sobre distúrbios psicológicos

1- A cova da serpente (Anatole Litvak, 1948)

Este filme é baseado em um best-seller autobiográfico escrito por Mary Jane Ward em 1946, onde relata as experiências que viveu quando foi internada em um manicômio público. Olívia de Havilland incorpora brilhantemente essa escritora recém-casada que foi internada em um hospital psiquiátrico depois de sofrer um ataque de nervos logo após o seu casamento.

Este tratamento acaba sendo pior que a doença devido aos maus-tratos e às péssimas condições às quais as internas eram submetidas. Isto contribuiu para agravar o seu estado mental perturbado.

‘A cova da serpente’ foi o primeiro filme de Hollywood que falou abertamente sobre a situação dos pacientes em instituições psiquiátricas do pós-guerra e foi realizado de tal forma que foi indicado a seis prêmios do Oscar. Devido à polêmica que gerou na época, ganhou apenas um.

2- O Pescador de Ilusões (Terry Gilliam, 1991)

Nesta comédia dramática Jack Lucas (Jeff Bridges) é um arrogante locutor de rádio que costuma insultar os ouvintes que ligam para o seu programa e acaba levando involuntariamente um ouvinte a cometer um massacre em um bar, matando sete pessoas.

A culpa associada ao seu narcisismo precipitam um estresse emocional: ele deixa seu trabalho no rádio e se torna um homem amargurado. Três anos mais tarde ele conhece Jack Parry (Robin Williams), um vagabundo desequilibrado e delirante que coincidentemente perdeu a sua esposa no massacre do bar.

Jack forma uma dupla excepcional com Parry, que sofre de psicose pós-traumática grave e delírios persecutórios (paranoia), além de esquizofrenia.

Esta comovente, hilariante e sensível história de amizade entre dois homens destroçados é o ponto de partida para que seja criada uma irresistível fábula moderna em Nova Iorque, que lança um olhar amargo sobre os paradoxos da vida moderna, a começar pela violência do estresse urbano capaz de arrasar vidas, alheias na sua demência homicida e inconsequente.

3- Benny e Joon- Corações em conflito (Jeremiah S. Chechik, 1993)

O cinema nos presenteou com algumas comédias românticas onde existe muito amor entre pessoas com transtornos psicológicos. Benny e Joon são a prova disso: Benny (Aidam Quinn) cuida da irmã Joon (Mary Stuart Masterson), que sofre de esquizofrenia.

Depois de perder uma aposta em uma mesa de pôquer, são obrigados a conviver com Sam (Johnny Depp), um rapaz mimado e extravagante. Mas Sam, com seu jeito especial, acaba transformando as suas vidas e Sam e Joon acabam se apaixonando um pelo outro.

4- Donnie Darko (Richard Kelly, 2001)

 A ficção científica também tira proveito das possibilidades oferecidas pela falta de estabilidade mental na criação de mundos fantásticos nesta história de realidades paralelas e viagens no tempo.

Estrelado por Jake Gyllenhaal, Drew Barrymore e Patrick Swaze, conta as experiências incomuns de um adolescente esquizofrênico e sonâmbulo (interpretado por Gyllenhaal), que tem uma grande imaginação e inteligência.

Donnie escapa da morte graças ao aparecimento de um coelho gigante e demoníaco chamado Frank, que além de lhe proporcionar poderes sobrenaturais, prevê exatamente o dia em que o mundo vai se acabar.

‘Donnie Darko’ não estreou nos cinemas devido ao ataque das torres gêmeas, mas isso não impediu o seu sucesso posteriormente.

5- O abrigo (Jeff Nichols, 2011)

É um filme dramático e de suspense que conta a vida de Curtis LaForche, um pai de família que vive em uma pequena cidade de Ohio com sua esposa e filha. Curtis começa a ter sonhos estranhos e apocalípticos e, enquanto a sua vida desmorona, decide construir um abrigo contra tempestades no quintal da sua casa.

As suas visões e seu comportamento cada vez mais estranho o fazem questionar se o verdadeiro motivo da construção do abrigo é proteger a sua família dos perigos que pressente ou de si mesmo.

Com estes cinco filmes magníficos esperamos que vocês fiquem loucos, mas loucos por cinema! Aproveitem!

 

 


Por Marli Guári - TEXTO ORIGINAL DE A MENTE É MARAVILHOSA

 

Leia mais sobre saúde em nosso Blog


ou

Conheça nossos serviços

 


 

Erro: Formulário de contato não encontrado.

Até 2020, a depressão será a doença mais incapacitante do mundo, diz OMS

Ela chega de mansinho, assim como quem não quer nada. Num dia, você acorda triste, desanimado. No outro, bate uma sensação de vazio e uma vontade incontrolável de chorar, sem qualquer motivo aparente. A depressão é assim, um mal silencioso e ainda mal compreendido – até mesmo entre os próprios pacientes.

Considerada um transtorno mental afetivo, ou uma doença psiquiátrica, a depressão é caracterizada pela tristeza constante e outros sintomas negativos que incapacitam o indivíduo para as atividades corriqueiras, como trabalhar, estudar, cuidar da família e até passear.

 

De acordo com OMS (Organização Mundial de Saúde), até 2020 a depressão será a principal doença mais incapacitante em todo o mundo. Isso significa que quem sofre de depressão tem a sua rotina virada do avesso. Ela deixa de produzir e tem a sua vida pessoal bastante prejudicada.

Atualmente, mais de 120 milhões de pessoas sofrem com a depressão no mundo – estima-se que só no Brasil, são 17 milhões. E cerca de 850 mil pessoas morrem, por ano, em decorrência da doença.

 

a depressão pode ser incapacitante

 

Descrita pela primeira vez no início do século 20, a depressão ainda hoje é confundida com tristeza, sentimento comum a todas as pessoas em algum momento da vida. Brigar com o namorado, repetir o ano escolar e perder o emprego são motivos para deixar alguém triste, cabisbaixo. Isso não significa, porém, que o sujeito está com depressão. Em alguns dias, ele, certamente, vai estar melhor.

O desconhecimento real do funcionamento desse transtorno afetivo é o principal responsável por um dos maiores problemas para quem sofre com a depressão: o preconceito. Para Marcos Pacheco Ferraz, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), ele ainda existe e prejudica muito o paciente.

– Principalmente no ambiente de trabalho, onde há competições e cobranças por bom desempenho, é comum as pessoas nem comentarem sobre a enfermidade. Nesses casos, o melhor é tirar férias ou licença médica.

E não é só isso. A ignorância em torno da doença faz com que familiares e amigos, na tentativa de ajudar, piorem ainda mais a condição do depressivo.

Frases como “tenha um pouco de força de vontade”, “vamos passear no shopping que melhora”, “você tem uma vida tão boa, tá com depressão por que?” e “se ocupe com outras coisas que você não terá tempo de pensar em bobagens”, funcionam como uma bomba na cabeça de quem já se esforça, diariamente, para conseguir sair da cama.

– Isso mostra que as pessoas não conhecem o transtorno. Achar que é frescura ainda é comum. Elas não imaginam que o paciente não consegue reagir. Não depende de força de vontade.

A designer C.N., 35 anos, que passou por uma depressão severa há alguns anos, sabe bem o que é isso. Mesmo trabalhando em um ambiente com pessoas bastante esclarecidas, ela cansou de ouvir esse tipo de comentário. E os efeitos eram devastadores. Ela conta que “até críticas sobre o meu médico eu ouvi. Uma colega disse que ele não devia ser bom, pois depois de um mês de tratamento eu já deveria estar curada.”

– É incrível o poder que algumas palavras tem sobre o doente. A primeira coisa que as pessoas perguntavam era o motivo da minha depressão, pois eu tinha uma vida tão boa, uma família, filha, um casamento bacana, um emprego legal. O fato de não ter uma explicação para a doença me deixava péssima. Era um sentimento de culpa enorme.

Por isso, Ferraz diz que é muito importante a participação da família no tratamento. Eles precisam saber o que devem e o que não devem fazer em relação ao doente. Para ele, “fazer com que todos entendam o mecanismo do transtorno e como agem os remédios é fundamental para o sucesso do tratamento. Ainda existe o mito de que antidepressivo vicia, o que é um grande engano.”

 


 

Leia mais sobre saúde em nosso Blog


ou

Conheça nossos serviços

 


Abrir conversa
Olá 👋
Podemos te ajudar?